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Tuesday, October 16, 2007

SEGURANÇA: JÁ DISSE EM OUTRAS OCASIÕES QUE É UM ASSUNTO INESGOTÁVEL...





Já contei em outras colunas sobre meu acidente, onde fiz um desabafo quanto aos capacetes (quando escrevi a questão era o bendito selo holográfico do INMETRO). Meu rosto permaneceu intacto devido ao capacete integral, fechado e de boa qualidade. Pois bem, me machuquei mais porque não estava usando equipamento adequado, TODO ELE!

Um dia destes, estava correndo (a pé!) e presenciei um acidente horrível: um rapaz, motoboy, parou num semáforo esquisito daqui de minha cidade (é um sinal que fecha para que os ônibus tenham a preferência na saída da rodoviária) que fica numa avenida ampla sem cruzamento; eis que o automóvel que vinha imediatamente após simplesmente não viu que havia sinal fechado, muito menos um motociclista a sua frente.

Atropelou mesmo, o rapaz e a moto passaram por cima do carro que continuou alguns metros ainda arrastando a moto. Esse rapaz perdeu o capacete no impacto, pois não estava afivelado, e em cambalhotas pelo ar, rolou no asfalto até parar com a cabeça sobre um tachão (olho de gato). Esta cena durou alguns segundos, mas o suficiente para me deixar aterrorizada. O motoboy vestia jeans, camiseta de manga curta e tênis, além daquele capacete que já devia ter passado por duas guerras tal estado que se apresentava.
Fiquei atônita, apavorada, mas pasmem, o rapaz apenas raspou os cotovelos e precisou de três pontos no antebraço. Para mim que vi tudo, ele nasceu de novo!
Por que conto esta história?
Esse rapaz é a EXCEÇÃO... Isso nunca irá se repetir! Então vamos nos conscientizar e equipar. Não é porque estamos dentro do perímetro urbano que as coisas ficam mais fáceis ou menos perigosas, pelo contrário!

Hoje em dia as motocicletas já estão tendo a mesma tecnologia que até muito pouco tempo eram prerrogativa de motos esportivas e pistas:



* Os pneus - todos estão sendo elaborados prevendo aderência, estabilidade além de durabilidade.

* Freios -O nível qualitativo dos freios (a disco, por exemplo) estão sendo incorporados inclusive nos ciclomotores.


Estes são apenas dois detalhes!


Com a quantidade de motos que estão sendo vendidas, pela facilidade de uso, viabilidade de compra, e outros fatores como estacionamento fácil, manutenção acessível, transito rápido, as inovações e melhorias dos projetos das motos são crescentes, galopantes.
Esse aspecto tem refletido também nos equipamentos de uso pessoal, do motociclista. Tenho visto um crescente esforço das empresas em produzirem equipamentos de segurança discretos, confortáveis e altamente efetivos.


É aqui que volto ao meu acidente: não é só o capacete que importa na segurança dos motociclistas. As roupas também. Temos que considerar que estamos em meio ao trânsito com obstáculos contundentes, pisos irregulares, falhas de calçamento, pedestres distraídos e motoristas afoitos.

A velha frase “o pára-choque somos nós” ainda cabe muito bem. Vejam o acidente que contei, o rapaz parou num semáforo, tudo certinho...

Então não importa se o quesito velocidade está inserido ou não no contexto.
São muitos obstáculos e mesmo em modesta velocidade as contusões e abrasões são de gravidade variável. Nossa pele, nossa vida está em jogo!
Grande parte das conseqüências destes incidentes pode ser evitada se usarmos uma “vestimenta apropriada”.


Couro, cordura e goretex são os materiais mais empregados na confecção de equipamento de segurança, pois resistem à abrasão e em geral, as proteções de coluna, cotovelos e ombros absorvem e distribuem o impacto.
Só o capacete não assegura uma proteção adequada contra os clássicos acidentes urbanos: uma escorregadela e impacto contra obstáculos à pequena velocidade. Nestes casos se reportam contusões e abrasões de gravidade variável.
Muitos danos podem ser evitados se usarmos materiais como couro, goretex ou cordura em nossas jaquetas, calças e luvas.

O Goretex ® é muito empregado, pois se trata de uma fibra que deixa o corpo transpirar sem que passe água, portanto é largamente utilizado como material do vestuário impermeável.
A Cordura ®, ao invés, tem como característica principal à alta resistência a abrasão e queima.
O Couro garante a melhor resistência nesse quesito, sem dúvida, por isso é utilizado no equipamento de pista, mas é sabido o quão quente e pesado é também.
Então, a Cordura ® para uso urbano é o ideal.

Quando se escorrega pelo asfalto, inclusive com pouca velocidade, os tecidos normalmente empregados na confecção de roupas queimam, expondo o corpo à abrasão.
A temperatura alcançada nesse contato (corpo e piso), mesmo em velocidade moderada é tão alta, que os materiais queimam e se fundem com nossa pele, pois são materiais de alta combustão.
Literalmente fritamos!

Outro aspecto importante, típico nos traumas, são os impactos “puntiformes”.
Uma só parte do corpo em geral é a que recebe todo o peso dele no impacto. Por isso os equipamentos recebem proteções rígidas nos cotovelos, ombros e, às vezes nas costas ao longo da coluna vertebral. Nas calças são nos joelhos e nos quadris.
As luvas também têm reforços (de mais couro ou outros materiais como Kevlar ® ou carbono) sobre os dedos e punho. A função deles é única, proteger, absorvendo e distribuindo o impacto para uma área de maior dimensão.
O calçado apropriado é importante também. O pé é muito frágil, e o solado então deve ser rígido e o tornozelo muito firme para que não dobre (para o lado contrário) ao impactar o solo!


Garotas, evitem sandálias e scarpins... São um charme, mas um perigo. Não fornecem firmeza se for necessário por o pé no chão numa manobra brusca, inesperada e expõe totalmente o tornozelo e o pé.
Então, não é frescura não, é inteligência e cuidado consigo usar equipamento de segurança.
Há muito pouco tempo havia pouquíssimas opções, de marcas importadas e muito caras.
Hoje em dia vê-se em todas as lojas de motos várias opções, todas certificadas e eficientes, muito mais eficientes que uma simples jaquetinha jeans ou uma T-shirt.


Até a próxima!
Até mais, Julie M.