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Monday, April 07, 2008

Mulheres e mulheressssssss....






Estava aqui pensando com meus botões qual seria o assunto desta coluna...
Não, não serão bichinhos... estes foram clicados (assim como as demais fotos que ilustram essa matéria) pela Lígia Fascioni, motociclista maravilhosa que conheci há pouco tempo, e em poucas linhas...
Sim, pois apenas falamos por e-mail!!! E este será o assunto: Mulheres e motos...


Antes, um desabafo: o desgastado e ainda não ajustado assunto dos selos, DPVAT e cia. me cansaram. Não temos eco (nós motociclistas) e esses mandos e desmandos acontecem ao som das trombetas do além, por que ainda não há lógica que justifique, explique e dê razão a esta celeuma toda!
Vi a coluna de um jornalista de motociclismo ainda sobre estes tópicos (numa revista de março), e pareceu-me estar lendo minha ultima matéria a respeito.
Nada mudou...as coisas seguem sendo empurradas com a barriga! Nada efetivo e pior, nada que nos respeite.

Lanço (pois não canso de falar nas nossas rodas de amigos) uma semente para reflexão, e ela se dirige aos não motociclistas: se o objetivo é SEGURANÇA do motorista, do pedestre, do ciclista e do motociclista, invistam na educação PARA o trânsito.
Estamos todos desgastados com estes valores abusivos e regras ridículas disfarçadas de impostos, taxas, que “visam o bem comum” mas que desaparecem em cartões corporativos, viagens e outras “coisitas” mais que tem virado rotina nas cúpulas governistas. E não esqueçam: estamos em ano eleitoral, lembrem bem destas pendengas na hora de escolher seus candidatos.
Tenho um assunto mais gostoso de escrever e, obviamente, para vocês lerem! Sempre que vejo alguma coisa sobre mulheres e motos me emociono.

Há alguns dias encontrei a Lígia Fascioni, uma pessoa fantástica, com carreira brilhante, esposa apaixonada e... MOTOCICLISTA de viagens de longa duração (long run): Chile 2002/2003, Cordilheira dos Andes 2003/2004, Patagônia Argentina 2004/2005, Deserto do Atacama e Noroeste da Argentina 2005/2006, Uruguai 2006/2007 e Iquique 2007/2008.

Me apresentei e começamos conversar (by e-mail). A mulher é sensacional, tem muitas histórias para contar, além da carreira profissional é artista plástica. E dá um jeitinho pra tudo, para seu trabalho, seus passeios, sua arte e para o Haroldo, seu gato fofo!



Sem contar a alegria que verte das frases dela quando se refere ao mundo de duas rodas. O que mais me surpreendeu, foi o fato de ser uma pilota recente (2 anos)e já encarar longas distâncias. E os projetos não param por aí: Conrado, seu esposo, já está com mapas, planilhas, rabiscando o próximo itinerário. Eles formam uma dupla e tanto, fiquei muito feliz de tê-los encontrado. Ela conta também, que já estará de moto nova, mais potente, para poder acompanhar seu amor na próxima viagem, no mesmo pique! Esta é a outra incumbência de Conrado, providenciar a troca da motinho de Lígia!

Minha identificação foi muito grande em tudo. Temos, eu e meu namorado, planos para iniciarmos um long run tão logo ele possa dedicar um pouco tempo ao projeto. Estamos ansiosos acalentando esse tempo que haverá de chegar em breve.

Segundo Lígia: “Viajar de moto é uma experiência diferente de todas as outras que tive - em uma palavra, eu diria que é libertador. Você se sente livre, mas ao mesmo tempo integrada completamente à paisagem.” Ela diz mais: “Ao realizar esses desafios, me sinto poderosa. Todo mundo deveria experimentar a sensação!”
E ainda: “Moto também tem outra peculiaridade — você não conversa com seu companheiro de viagem durante o trajeto. É um exercício pleno de meditação, do mergulho no cenário, da real noção da proporção.”

Muito bacana, mesmo. Isso eu chamo de coragem e determinação.
Fica aqui registrado meu carinho e admiração por você, Lígia!

Na seqüência, estive “offline” alguns dias mas tive acesso a outra informação, ainda não estabeleci contato, mas tão logo eu consiga escreverei mais. Trata-se de Viviane Beltrão de Curitiba, Paraná. Ela escreveu o seguinte:
“...Moto é diversão e não preconceito .....Onde está definido que mulher solteira, divorciada, viúva, enfim, seja o que for, mas que pilota moto e anda desacompanhada de um indivíduo do sexo masculino tem que ter, quase que necessariamente, um desvio sexual ou ser indigna em sua conduta? Por qual razão uma mulher feminina, de família e de respeito, acaba sendo taxada de algo pejorativo ao pegar sua moto e sair pilotando livremente?! Por que este ato tem de estar atrelado a outras intenções que não puramente ao gosto por pilotar sua moto?... Quais seriam as razões para uma mulher andar e viajar, mesmo que sozinha em sua moto, que não as mesmas de uma pessoa do sexo masculino?! Creio que não há distinção...”

Ou seja, estamos com muitas mulheres espalhadas por aí exercendo seu direito ao prazer de pilotar por PILOTAR, como qualquer outra atividade de lazer...

Vamos falar ainda muito mais sobre isso!
Super abraço a todos e principalmente, A TODAS AS MOTOCICLISTAS...