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Wednesday, July 22, 2009

Dia do Motociclista, 27 de Julho


Nossa grande paixão, nossa grande companheira, para toda e qualquer hora: NOSSA MOTINHO!

Para a maioria, a moto é símbolo de liberdade e aventura, associada ao prazer, a satisfação, alegrias; para outros tantos é o ganha-pão, é o meio de locomoção, de trabalho, da família.
Enfim, as nossas motinhos são práticas, de fácil utilização, condução e proporcionam muitas coisas. Dentre as quais, reflexão:

No Brasil, é assombroso o crescimento do número de motocicletas nas ruas das cidades. A produção aumentou 11,1% em maio e as exportações também obtiveram alta de 13,2% no durante o mês. Depois de alguns meses de preocupação por causa das grandes quedas na produção de ciclomotores e similares, o mercado brasileiro recebe, finalmente, uma boa notícia para este setor. A notícia é em relação às produções e questões de mercado interno, o segundo trimestre de 2009 apresentou algumas melhoras segundo dados apresentados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas). Além da melhoria nos números por conta das vendas, as melhoras não param por aí. Para os Motofretistas o otimismo é bem grande, a final, está disponíveis para eles R$ 100 milhões em crédito, liberado pelo Governo Federal após uma reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, Codefat, em Brasília, DF, no final do mês de maio.

Então, percebe-se que é cada vez maior o número de pessoas que preferem a motocicleta ao veículo motorizado de quatro rodas. Igualmente crescente o número de pessoas que utilizam as motocicletas como instrumento de trabalho: são os "motoboys" ou "mototaxistas", motociclistas entregadores e outros. Seja qual for a finalidade do uso das motocicletas, lazer ou trabalho, os condutores têm regras a seguir. O cumprimento destas regras pode ajudar a reverter o alto índice de acidentes no país envolvendo motociclistas. Algumas regrinhas e cuidados para os motociclistas:
- Ser habilitado na categoria AB, ter o veículo em condições de uso, revisado;
- Usar sempre capacete de segurança. De preferência fechado que proteja melhor o rosto em eventuais quedas;
- Praticar a direção defensiva. Manter-se afastado dos outros carros e pilotar prevendo as ações dos outros. Estar com o “radar” ligado o tempo todo. Nossos veículos são pequenos e rápidos, às vezes nem nos percebem;
- Não transportar crianças menores de sete anos ou que não tenham condições de cuidar da própria segurança. Ou objetos que não estejam bem firmes e presos. Ou ainda sacolinhas e coisinhas junto aos manetes;
- Mesmo durante o dia, circular de farol aceso. É obrigatório e faz com que nos “percebam” melhor!
- Vestir-se com roupas claras, coloridas ou usar faixas refletivas facilitam a visibilidade dos outros condutores;
- Ter muita atenção em manchas de óleo, poças d'água, buracos, etc... As faixas de seguranças e inscrições no asfalto propiciam escorregões muito fáceis quando molhadas;
- Ter cuidado com os cruzamentos: sempre parar e olhar antes de passar. Lembrar-se que infelizmente não existem ruas preferenciais para motociclistas, em geral. Ocupar adequadamente seu espaço nas ruas e nunca dividir a mesma faixa com outros veículos, se possível;
- Saber usar os freios com habilidade, ou seja, sempre os dois ao mesmo tempo. É bom lembrar que além de ajudar a parar, o freio traseiro mantém o equilíbrio da moto. E com piso úmido, recém molhado ou chuvinha, quadruplicar a atenção!

Entretanto, nem tudo pode ser comemorado. Se alguns números vem melhorando ao longo dos meses outros nos deixam tristes. Um deles é o DPVAT... Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres que é, atualmente, de R$ 259,04. Sob a alegação dos altos índices de acidentes e vítimas de motocicletas, o governo segue intransigente em relação a estes números abusivos. Sabemos que este valor cobrado para as motos é apenas menor que o dos ônibus e micro-ônibus (R$ 344,95). O valor dos automóveis é R$ 93,87 e os caminhões pagam R$ 98,06.

Isto me causa muita indignação e mais de uma vez expus este meu ponto de vista nas linhas que escrevo: A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO, CONSCIENTIZAÇÃO E RESPEITO! Este é o caminho e não taxas abusivas que ainda não conseguiram ser justificadas e que se perdem ao longo do caminho e vão parar em qualquer outro lugar, menos na SEGURANÇA do trânsito.

Li um artigo estes dias de um colega que me chama a atenção toda hora: ele apontava sobre o número de ocupantes que cada veículo pode transportar. Uma motocicleta pode levar no máximo duas pessoas, os outros meios de transporte aumentam gradativamente — carros (5 pessoas ou mais), ônibus (50 pessoas, e às vezes muitas mais) etc. E ainda, os valores são estipulados levando em conta apenas os veículos envolvidos, sem analisar quem são os verdadeiros culpados pelos acidentes. Além disso, as indenizações pagas pelo DPVAT não levam em conta o tipo de veículo envolvido, nem a quantidade de pessoas envolvidas que receberão indenização. Todos os envolvidos, inclusive pedestres, têm direito a R$ 13 500, em caso de óbito e invalidez, além de R$ 2 700 para reembolso de quantias gastas e devidamente comprovadas.
Usando a matemática básica, vamos pensars em dois acidentes: um envolvendo um ônibus e um carro, outro envolvendo uma motocicleta e um carro. Em qual acidente seriam dispensadas as maiores quantias de indenização? Certamente não seria o da motocicleta. Então, qual a justificativa para o valor do DPVAT das motos ser exorbitante? Seria o número de acidentes, sejam eles fatais ou não?
Também não. O número geral de acidentes fatais de motos não é maior que dos outros veículos. De acordo com dados dos DETRAN, Denatran, e Abraciclo, em 2006, o Brasil possuía uma frota de 7 489 925 motocicletas e deste total, 3 190 usuários de motos morreram durante seu uso. Isso representa 14,8% do total de óbitos causados por veículos automotores, ou 21 449 ocorrências fatais em uma frota total de
45 372 640 máquinas. A mesma pesquisa apontou que andar na rua ocasiona mais mortes que as motos, foram 4 259 pedestres que perderam a vida.
Somando carros, ônibus, bicicletas e caminhões, foram 14 000 óbitos. Estes números apontam que as motos não são as protagonistas do mal no trânsito e, entre 2005 e 2006, ocorreu uma queda de 4% no número de acidentes com motocicletas. Em São Paulo, onde encontramos a maior frota do país (488 715 unidades), o número de acidentes fatais com as motos chegaram a 432 pessoas, ou 0,09% do total de motocicletas. No entanto, o valor de DPVAT para motocicletas é sempre crescente, mesmo que os números apontem quedas nas estatísticas de vítimas fatais do motociclismo.

Logicamente não podemos esconder que existe muito desrespeito e imprudência por parte de alguns usuários de motocicletas, que ocasionam sim acidentes e acabam maculando a imagem do motociclista e salgando sua conta a cada ano sob o rótulo da justificativa usada pelo governo para o abuso.

Por isso, repito minha indignação por esse DPVAT abusivo, e refaço meu pedido especial à EDUCAÇÃO E RESPEITO PARA O TRANSITO, por pedestres, motociclistas e motoristas para que tenhamos sempre muitos dias FELIZES COMO MOTOCICLISTAS (365 por ano) e não apenas mais um Feliz dia do Motociclista!!!!

Super abraços, Julie M.