Banner2012

Banner2012

Tuesday, December 21, 2010

Banner




Para terminar este, e iniciar o próximo ano, fiz um banner novo, espero que gostem...
beijos
JulieM.

Wednesday, December 08, 2010

NATAL...



Moto, motor, motivação, meta, motivo, motinho.

Estou aqui a pensar no final do ano, Natal, Revellion, festas, alegrias, encontros e desencontros. Difícil não pensar no balanço de final de ano também. Nas coisas feitas, objetivos concretizados, conquistas, aprendizados, enfim, estou mais a pensar no saldo do ano.
Como me sai?
Tornei-me uma pessoa melhor que há doze meses? I hope so...
Se houve saldo, já temos alguma coisa. Separando a vida em setores distintos e observando-os de forma positiva, eu diria que tive um excelente ano. Foram pequenas grandes descobertas pessoais, mudanças profissionais e, culturalmente, um espetáculo à parte.
Novos conhecidos, novas propostas, alguns novos amigos, networking aumentando qualitativamente e um redesenho de desejos adormecidos.

Queria encontrar uma mensagem de Natal especial onde pudesse deixar registrado meu carinho e meu muito obrigado a todos que me acompanharam por estes meses de 2010, mas sinceramente, nem procurei!
Preferi começar a escrever e deixar que meu sentimento fluísse nestas linhas e tomasse corpo de forma que todos vocês pudessem sentir-se abraçados e recebessem meu sorriso de agradecimento pelos meses de companhia que me fizeram, pelos e-mails que me foram enviados, pelas sugestões, pelas críticas, pelas amizades criadas e outras fortalecidas.

Amigos motociclistas,
Amigos leitores,
Amigos parceiros,
Amigos reais
Amigos virtuais,
Amigos de sempre,
Amigos recentes...

FELIZ NATAL, FELIZ 2011 E QUE OS SONHOS E DESEJOS DE TODOS VOCÊS SE MATERIALIZEM COM ALEGRIA, SATISFAÇÃO E PERSEVERANÇA,
QUE CONSIGAMOS UM 2011 MELHOR, COM MENOS ACIDENTES DE MOTOCICLETA, COM MAIS EDUCAÇÃO, COM MAIS CONSCIÊNCIA COLETIVA.



Super beijo, Julie M.

IN-Segurança...

Para compensar meu afastamento, seguem algumas reflexões que são pertinentes em meio aos atuais acontecimentos no país. Sempre falo sobre segurança, educação e respeito no e para o trânsito. Comportamento adequado de nós motociclistas e motoristas para uma harmoniosa convivência, menos acidentes, menos sustos, menos fatalidades.

Mas e a nossa segurança enquanto indivíduos, cidadãos, pagadores de impostos (afff e quantos...) onde é que fica?

Lamentavelmente estamos vivenciando –alguns in loco, outros pela mídia- uma guerra ao narcotráfico. Triste situação a que chegamos. Termos de declarar guerra para re-conquistar o que nunca deveríamos ter perdido, nossa liberdade de ir e vir com segurança e respeito.
Todos que tem assistido os noticiários, ou acompanhado pela internet, twitter e outros sites puderam ver a quantidade de motocicletas apreendidas (329) nestas incursões aos bairros comandados pelo narcotráfico.



Como sabem, participo de vários grupos de motociclistas pelo país e a cada tanto ouço as queixas de seus integrantes pela insegurança que eles têm ao sair com suas motos. Recentemente, um casal muito querido de São Paulo teve suas motos roubadas. Uma foi num cruzamento há algumas quadras de sua casa e muito próximo a uma delegacia de polícia e a outra em poucas semanas depois. Por sorte ambos perderam apenas seu objeto de prazer, lazer, diversão e não se machucaram; obviamente as motos tinham seguro.

O bem material já foi reposto, mas como ficaram estas pessoas? Quem irá repor a sua perda emocional, a sua credibilidade de que existe um sistema para protegê-los? Quem irá sossegar estas pessoas para que elas possam manter seu prazer e sua liberdade de ir e vir com suas motos, objetos de prazer e conquista? São apenas mais duas pessoas que não se acovardaram, repuseram seu patrimônio e voltaram aos seus passeios, mas se já saiam intimidados e angustiados, temerosos por alguma coisa, sairão ainda mais.



Porque comento isso? Por que isso tudo é um circulo vicioso. Parte destes roubos é culpa de alguns proprietários de motos que compram peças de suas motos em mercado duvidoso. Gerando demanda de mercado, oferta e conseqüentemente, roubo. E para completar o ciclo, os valores dos seguros ficam estratosféricos.



Quem nunca ouviu falar do mercado “negro” especializado em peças de moto em São Paulo? E que se não há a peça que você precisa naquele dia, logo, logo ela aparece! E bem baratinha...

O que será que precisaremos fazer para ter a atenção do Estado em relação ao cerceamento que estamos sofrendo, pois estamos sendo privados de usufruir de nossas conquistas e de nosso prazer, além do direito mais claro e óbvio previsto em Constituição, a nossa liberdade.

Quem não pilota talvez ache um exagero da minha parte estar levantando esta questão, uma vez que o ataque definitivo contra o narcotráfico é uma gloriosa conquista. Porém quem pilota sabe da frustração que sentimos quando nos vemos acuados e impossibilitados apenas de passear, de termos que selecionar um roteiro de acordo com as estatísticas de assaltos ou precisarmos de “escolta”.

É meu desabafo e é apenas para reflexão! Eu ainda posso sair com a minha YZF R1 para ir ao trabalho ou qualquer outro lugar, mas sei que não posso mais pensar em sair sozinha (como fazia há alguns anos) para uma auto-estrada e rumar para outro estado. Daqui um tempo, terei que me desfazer do meu prazer conquistado apenas para manter minha integridade emocional, ou quiçá, vida e adeus Vicky!





Abraços, Julie M.

Museu BMW - Curitiba

Retornando....

Estava pensando neste final de semana o que eu poderia escrever de interessante que justificasse meu desaparecimento!! Então, a primeira providência é agradecer o puxão de orelhas de alguns de vocês, que me escreveram reclamando pela ausência.

Deixo aqui meu pedido de desculpas, estive viajando, mudando de endereço de trabalho, e outras grandes mudanças... algumas viagens, umas pertinho, outras bem distantes, e as coisas foram ficando pra depois. Então, pensei em juntar as informações que colhi sobre motinhos e seus tripulantes nas andanças que fiz, sendo assim, começarei por pertinho!

Estive visitando um Museu bárbaro... coisa de gente apaixonada por motos pra valer, que dedica seu tempo e esforços sem medi-los. Ainda bem que a família foi contagiada pelo mesmo bichinho, e participa ativamente de todo o processo, senão a casa cairia!!

Falo do Museu de Motocicletas BMW de Curitiba. Tive o privilégio de conhecê-lo num destes momentos que o Sr. João Carlos, sua esposa e filho proporcionam aos poucos sortudos não menos apaixonados que eles!
Ao chegarmos fomos recepcionados com um coquetel e uma pequena apresentação em audiovisual sobre o Museu, e logo na entrada tinha uma enorme fotografia na parede com a seguinte inscrição:



“Você esta entrando num espaço onde se respira o motociclismo e naturalmente uma questão vem à cabeça de todo o motociclista: Qual a melhor motocicleta? A melhor motocicleta pode ser a mais confortável, como pode ser a mais resistente ou a mais esportiva, depende do interesse de cada pessoa. Porém apenas uma marca demonstra a preocupação em reunir o maior numero de qualidades em suas motocicletas e esta marca é da BMW. Desde seu primeiro modelo, a BMW R32 de 1923, percebemos o objetivo da BMW de produzir motocicletas a frente do seu tempo. Sempre apresentando tecnologias inovadoras, a BMW se destaca na evolução das motocicletas, assim como as motocicletas são de total importância na história da empresa. Em 1919 quando a Alemanha foi proibida de fabricar armas de guerra, a opção da BMW foi fabricar motores de motos, no final da 2º Guerra Mundial quando 4 de suas 7 fábricas estavam destruídas, a empresa se reergueu vendendo motocicletas. Durante os anos 60 a situação se inverteu, e com a popularização do automóvel a venda de motocicletas despencou fazendo com que dezenas de fábricas de motos fechassem. Mesmo assim a BMW acreditou na qualidade superior de suas motocicletas e respondeu lançando novos modelos e estabelecendo-se definitivamente como a mais respeitada marca de motocicletas do mundo. Nós do museu de Motocicletas BMW Curitiba temos o orgulho de participar de uma pequena parte desta história, usufruindo destas máquinas maravilhosas em aventuras inesquecíveis e com muito esforço mantendo-as para que possa ser apreciadas por todos.”


À principio era uma modesta coleção, com alguns carros no meio e um hobby. Mas com o tempo, passou a ser um trabalho de pesquisa, objetivo de viagens e garimpo de relíquias por esse mundo afora. Foram-se os carros, e o assunto ficou exclusivamente motos BMW. O Museu então, teve início em 1975 com a primeira motocicleta, a BMW R61, de 1938.


Tivemos o prazer de ouvir os motores roncando das motos como a BMW R2 acima, de 1923, ou a BMW R75 com side-car que parece ressurgir da Segunda Guerra Mundial... algo de arrepiar. E assim, todas as outras foram ligadas e ouvimos seus motores, afinados e perfeitos!

Sem contar a estrutura, com dois pisos, com as motos separadas pelas suas décadas (de 1929 a 1950 no andar superior e de 1960 até 1990 no inferior)e cada qual sobre uma plataforma giratória e iluminação própria, além de um painel com seus dados técnicos, ano de fabricação e etc.

Tive o prazer de compartilhar esse momento com motociclistas de São Paulo, Rio de Janeiro além dos paranaenses, pois como parte de seu acolhimento, além de nos mostrar suas raridades em perfeito estado de conservação e funcionamento, o Sr. João Carlos Ignaszewski e sua gentil esposa Yara e seu filho Maurício nos presentearam com um jantar servido logo ao lado das motos num pequeno espaço Gourmet, suavemente decorado e deliciosamente bem servido.

Preciso agradecer ao meu amigo Sr. Harry Françóia, Presidente do BMW Motoclub, que me apresentou á família e sua linda coleção (atualmente 40 motocicletas).

Abraços, Julie M.

Thursday, September 23, 2010

Moto-Aventura off road pela água com Simon Birrer de BMW R1200 GS




Este POST foi "roubado" de meu amigo Eduardo Wermelinger, do seu site WWW.ROTAWAY.COM.BR para o qual convido a todos que me lêem a clicar!!
As fotos são divinas, as rotas são encantadoras e os textos inspiradores!!! boa viagem no Rotaway by Edu!!

Baci mile a tutti!!
Julie M.

Tuesday, September 14, 2010

PRIMEIRA MULHER NA CATEGORIA HORNET

Categoria 600 Hornet recebe primeira mulher no Racing Festival



Tatiane Berger é a convidada da quarta etapa da competição, nos dias 25 e 26 em Curitiba (PR).

Pela primeira vez, uma mulher vai integrar o time dos cerca de 60 pilotos que participam do Racing Festival. A paranaense Tatiane Berger é a convidada da categoria de motos 600 Hornet para a quarta etapa da competição, marcada para os dias 25 e 26 de setembro. O evento, que será realizado no Autódromo Internacional de Curitiba, conta ainda com duas modalidades de carros: fórmula e turismo.

Aos 32 anos, Tati - como é chamada – é advogada e só comprou a primeira moto há dois anos. “Eu não sabia nem andar. Deixava um bilhete na moto do meu vizinho pedindo para ele me avisar quando fosse sair e aos poucos fui aprendendo”, lembra.

Depois das aulas do vizinho, Tati resolveu fazer um curso de pilotagem que era aplicado no Parque Ibirapuera, em São Paulo - onde morava na época - para ter mais segurança nas ruas. A surpresa foi quando ela começou obter bons tempos nos "track days" - dias em que os alunos corriam no autódromo.

Assim, um ano depois de comprar a primeira moto, Tati entrou no mundo das competições. Praticante de paraquedismo há 15 anos, a piloto sempre teve no esporte o que considera o seu maior prazer.




Acostumada a competir com homens, Tati faz um treinamento especial para aguentar o peso das corridas e se aproximar do mesmo nível deles. “São exercícios aeróbicos e voltados para o fortalecimento das coxas. Como nós [mulheres] somos mais leves, temos que usar muito mais a perna e o braço", explica. "Minha paixão na vida é a velocidade. E é algo que eu nem sei explicar o porquê", completa a piloto.

A categoria 600 Hornet do Racing Festival 2010 tem patrocínio da Honda, Banco Santander, Advance (Shell); co-patrocínio da Pirelli, Aymoré Financiamentos e apoio da Revista da Moto!

4ª etapa – Racing Festival
Dia: 25 e 26 de setembro
Cidade: Curitiba (PR)
Local: Autódromo Internacional de Curitiba
Endereço: Av. Irai, 16 – Pinhais – Curitiba (PR)
Ingressos: gratuitos

Dados da VIPCOMM – Agência de Comunicação, site www.vipcomm.com.br, em 13 de setembro de 2010.

Thursday, September 09, 2010

FELIZ DIA DA VELOCIDADE, 9 DE SETEMBRO!!



Hoje eu recebi um e-mail sobre política (contrário a minha opinião) mas não pude deixar de observar que o conteúdo do e-mail estava embasado apenas em dados estatísticos e iniciava dizendo algo do tipo que a opção é de cada um, mas os números nunca mentem. Matemática é sempre matemática!

Então, resolvi fazer meu artigo de setembro, comemorando o Dia da Velocidade, dia 9, apenas reiterando o assunto que sempre escrevo, SEGURANÇA, RESPONSABILIDADE, EDUCAÇÃO, RESPEITO sem esmiuçá-lo desta vez, apenas lembrando que são quatro palavrinhas que podem mudar a vida de muita gente, fazendo uso delas ou não!


Voltando à matemática: pesquisei sobre os números do motociclismo, pois cada dia que passa, mesmo na minha cidade de aproximadamente 100 mil habitantes, as estreitas ruas estão cada vez mais entupidas de motinhos. Fiquei imaginando como estariam os números pelo país, em geral. Assombrei-me!!



Vou mostrar para vocês a razão de meu espanto. Aliás, apesar de pilotar uma 1000cc, nestes dias que estou de férias a tenho utilizado para meu deslocamento, pois o trânsito aqui é um caos (mais pela falta de educação e respeito, diga-se de passagem).

Então, somos um país com 9,4 milhões de motocicletas. No ano passado, 16,2% das famílias brasileiras andavam sobre duas rodas no país, o que é um avanço frente aos números de 2008, com 14,7%. A expansão das motos já faz com que, em alguns estados brasileiros, a participação delas seja superior à dos carros. É o caso de Ceará (19,7%), Piauí (30,8%) e Maranhão (23,6%).
Já havia percebido isso nesta mesma época em 2008 quando estive viajando pelo país (http://www.motoesporte.com.br/juli/05-09-2008.htm ). A região Norte apresentou percentual de domicílios com moto superior ao daqueles com carro (20,9% tinham motos e 18,0%, carros). Em 2009, a proporção de domicílios com automóvel foi de 37,4% - numa alta de um ponto percentual frente ao ano anterior. Nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a proporção de domicílios com carro é superior à de motos.


Ontem mesmo, assistia no Discovery Channel um programa sobre o trânsito nas grandes metrópoles e possíveis soluções, e a cidade exibida foi São Paulo (traçando comparativos com México, Londres e etc). O interessante foi quando um pesquisador provou em números por que o paulistano que tem um veículo (carro ou moto) não utiliza transporte urbano coletivo.

Este senhor fez um mesmo trajeto (de alguns quilômetros) com ônibus urbano, carro e moto:
a) com urbano, pagou o valor da passagem e levou cerca de uma hora para chegar ao destino, por exemplo;
b) com o preço da passagem do urbano ele pagaria o combustível do carro chegaria um pouco antes e com muito conforto;
c) com a moto ele chegaria mais cedo, com conforto de horários e ainda com mais economia no valor.
Ou seja, tendo alguma opção, é lógico que as pessoas superlotam as vias com seus carros e motos, pois o transporte coletivo é precário, demorado, pouco abrangente, desconfortável, e só será usado apenas por quem não tiver disponibilidade de outro meio.

Aí mostravam as cenas de engarrafamento das grandes avenidas com seus corredores lotados de motos, uma muvuca apavorante, uma selvageria.



Lógico! Agora teremos a explicação matemática: a produção de motocicletas subiu 16,8% em agosto no Brasil e atingiu 172.976 unidades neste mesmo mês, de acordo com balanço da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) em comparação com julho.
Em relação ao mesmo período de 2009, a alta foi de 7,4%. No acumulado do ano (janeiro a agosto), a produção registrou um aumento de 15,6%, com 1.186.624 unidades, contra as 1.026.226 unidades produzidas no mesmo período do ano passado. “Os dados seguem tendência de crescimento. A retomada do crédito, sinalizada por algumas instituições financeiras, deve incentivar ainda mais os consumidores. Estamos no caminho certo”, afirma em nota o presidente da Abraciclo, Jaime Teruo Matsui. Apesar dos bons resultados, o presidente da entidade ressalta que o desempenho do setor ainda está muito longe do registrado em 2008. “Ainda temos muito trabalho até recuperar os níveis de vendas anteriores”, diz.

Outro “agravante”: a queda de preços é quase o dobro da registrada em todo o ano de 2009 no setor. O preço das motocicletas já caiu 5,2% em 2010. Uma pesquisa realizada pela agência AutoInforme e pela Molicar, divulgada em agosto, mostra que a queda é quase o dobro da queda verificada em todo o ano passado (-2,83%).
Em julho, os preços caíram 0,89%, na quarta queda seguida no ano. Março foi o único mês de 2010 em que os preços tiveram aumento (de 0,01%). Em fevereiro, os valores praticados no mercado caíram 2,17% – a maior variação do ano até agora. O estudo avalia o “preço de verdade” dos veículos de duas rodas, aquele realmente praticado no mercado. Segundo a Autoinforme, os preços mostram queda mesmo com a retomada dos financiamentos a longo prazo e o aumento das vendas. Essa condição tem permitido a um maior número de pessoas o acesso à compra do veículo.

Em vista destes números todos e de que serão crescentes sempre, entretanto as ruas não irão alargar nem ficarão mais seguras, peço encarecidamente a todos que estiverem lendo:

SEJAM CAUTELOSOS, EDUCADOS, RESPEITEM O TRÂNSITO E LEMBREM QUE NÃO EXISTE PREFERENCIAL PARA QUEM ESTÁ DE MOTO E NEM SINAL VERDE!

VERIFICAR MAIS DE UMA VEZ AO PASSAR UM CRUZAMENTO MESMO TENDO PREFERÊNCIA DE SENTIDO OU DE SINAL TEM QUE SER UM HÁBITO, SOMOS O PARACHÓQUE E FICAREMOS COM A PIOR PARTE MESMO QUE TENHAMOS RAZÃO.
E FELIZ DIA DA VELOCIDADE (EM PISTAS)!!!



Minha amiga Seph!

Dados extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), da ABRACICLO, do http://noticias.r7.com/economia/noticias/motocicleta-fica-5-2-mais-barata-em-2010-20100824.html e artigo escrito em homenagem a minha querida amiga Seph, de São Paulo.


Beijos, Julie M.

Tuesday, July 20, 2010

110.000 km... de Esportivas!!!


É sabido por todos que me lêem com freqüência que não compactuo com direção perigosa, irresponsabilidade, e etc. Na grande maioria de meus textos, o assunto principal sempre é segurança, respeito e educação no trânsito. Mas também não sou hipócrita a ponto de não reconhecer o apelo que as motos superesportivas têm, que nos remetem invariavelmente à velocidade, a integração piloto e obra de engenharia, máquina.

Outra coisa que gosto muito e que tem me interessado bastante é o moto turismo aventura. Aquele onde se pode cruzar continentes de norte a sul, leste a oeste, mas que quase sempre são feitos em motos com grande autonomia de combustível, conforto na pilotagem e capacidade para muito equipamento extra, tanto para o piloto como para a moto. Motos que podem domar qualquer terreno, desde o asfalto ao rípio das margens de rios e lagos. Viagens que são de 5 a 50 mil kilometros, ou mais, muito mais.

Mas esta será outra história!

Desta vez, com essas distâncias todas em mente, histórias de amigos, motociclistas viajantes, começo pensar em viagens, mas com a minha motinho... e encontro um vizinho de cidade que tem 110.000 kilometros feitos em motinhos nada confortáveis. Claro, já vou adiantar, esta é a soma de todas as andanças feitas por ele a bordo de duas rodas, atualmente, de uma neguinha como a minha: Yamaha R1!

O Cristian Horbach, da vizinha Caxias do Sul. Ele é uma figura carismática, dono de um largo sorriso e simpatia e que tem na sua motinho uma de suas paixões. Fiquei curiosa e resolvi saber mais sobre estes 110 mil kilometros, e segue abaixo um pouquinho desta história:


JM- como e quando começou o interesse por motos:
Cris- O interesse começou quando um amigo e vizinho de prédio disse que estaria comprando uma DT200 para fazer trilha, então eu e o meu irmão Michel (2 anos mais velho) decidimos comprar uma moto para brincar, e lá fomos nós comprar uma Agrale Elefantré 30.0 preta, com documentos atrasados a 6 anos, ou seja, o que tinha de multa e IPVA’s vencidos superava o valor da moto em muito. Nesta época tínhamos uma pick-up e levávamos a moto até estradas do interior para apreender a andar, juntamente na companhia de nosso pai Ademir que também gostou de reviver os seus momentos de juventude quando também possuia uma Agrale Elefantré.


Dessa minha primeira moto a evolução foi da seguinte ordem: Agrale Elefantré 30.0 (para trilha), Yamaha XT 225 (para trilha), Kawasaki KLX 250 (para trilha). Essa última Kawasaki me ajudou a descobrir a paixão pelo asfalto, de forma negativa, mas ajudou. Cerca de 6 meses que havia caído, fraturando dois ossos com a XT 225 fazendo trilha, adquiri a KLX 250. Moto nova, véspera de ano novo (isso mesmo 31/12) e nenhum amigo querendo fazer trilha de moto, decidi passear sozinho. E lá fui eu! O aventureiro e sua moto nova, por aproximadamente uns 40km para perceber e entender a tremenda burrice que havia feito....cai e dobrei o cotovelo ao contrário (resultado: luxação e um braço sem articulação), por sorte, estava no final da trilha que era morro abaixo, e consegui levar a moto até o final da trilha e depois achei uma casa para obter socorro, neste caso (pai e irmãos).

Me recuperei e continuei fazendo trilha mas pensando em parar devido as frustações de tombos frequentes, até que o meu pai, Ademir, comprou uma Suzuki GS 500 pra passear. Ele achava que somente ele usaria a moto, pois eu já tinha a minha moto. Ledo engano, logo surgiu o gosto pelo asfalto e por chegar em casa limpinho! Comecei a freqüentar encontros de moto (com a moto dele). O primeiro grande encontro que participei foi o de Termas do Gravatal. E aí, a certeza da nova paixão, viagens de moto.

JM - quantas motos:
Cris - Agrale Elefantre 30.0 , Yamaha XT 225, Kawasaki KLX 250, Suzuki GS 500, Honda CBR 600, Kawasaki ZX9, Yamaha R1. Mais as motos que compartilhei com meu pai, o Ademir, pois seguidamente pegava “emprestada”. Aí viajei com uma Suzuki GSXR1000 e com uma Kawasaki ZX9 que ele tinha.

JM - e como dividiríamos os 110mil km rodados? Idade e tipo de moto, por exemplo:
Cris - até os 20 anos de idade (motos off Road); dos 20 aos 28 (motos esportivas); posso dizer que teria uns 100.000km de esportiva no asfalto e uns 10.000km (off Road).

JM – Fale-me sobre sensações/importância/significado pra tua vida e apoio da família:
Cris - A sensação que tenho andando de moto, é algo que todo motociclista sente mas extremamente difícil de traduzir em palavras, mas vou tentar elencar: o cheiro da estrada, a vontade de conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes, amigos em diferentes partes do Brasil, aquela vontade de tomar um café na beira da estrada, de parar simplesmente para contemplar a estrada e falando especialmente das esportivas (minha paixão), só quem já acelerou uma esportiva sabe do que estou falando, aquela sensação de adrenalina misturada com o medo e embalada por uma concentração aonde tudo que não seja a sua moto ou você seja importante.

Dentro da família somos em 3 motociclistas, então o sentimento entre a família é: vai pilotar, mas com cuidado. Confesso que ao final de um sábado de sol, não há nada mais satisfatório do que chegar em casa e ver as outras duas motos da família guardadas impecáveis. Sempre recebo apoio da família para curtir motos pois todos sabem que é uma paixão, mas o sentimento de medo da perda de um familiar sempre vai prevalecer e conseqüentemente as vezes recebo incentivo familiar para ficar em casa num sábado de sol (em vão, mas a minha querida mãe tenta!). Algo que chama a atenção e gera muita curiosidade é o fato de seguidamente viajar aos encontros na companhia dos colegas e do meu pai, também proprietário de uma R1 e que acompanha o ritmo forte da moçada sem se queixar.

JM
– Fale sobre tua melhor viagem:
Cris - A minha melhor viagem foi em 02/07/2004, quando parti com a minha ZX9 em direção a Balneário Camboriu acompanhando um amigo que estava de mudança para São Paulo e queria levar a sua CBR. Parti numa sexta-feira de manhã com a missão de acompanhá-lo até Balneário Camboriu. No sábado de manhã nos despedimos e parti em direção a Urussanga-SC, no famoso encontro Motovinho, aonde encontrei alguns amigos e passei o sábado e no domingo retornei para Caxias do Sul via Porto Alegre. Aí muitos me perguntam, mas porque essa foi a melhor viagem? Confesso que não sei, apenas lembro do sentimento de amor pelo mototurismo que estava sentindo naquele momento, algo inexplicável e que de tão simples me marcou demais, seja por estar parando para almoçar sozinho na BR101, ou para tirar fotos na estrada. Enfim, o sentimento era de estar fazendo algo simples mas com tanto amor que é difícil explicar.

JM – E houveram longas distâncias, quais?
Cris - Nunca fui adepto a longas viagens, talvez por não ter oportunidade em função de trabalho, família, e/ou parceiros de esportivas dispostos a essas viagens. Mas a vontade de fazê-las é enorme, inclusive tentei organizar duas sem sucesso aos nossos países vizinhos, Uruguai e Argentina. Em compensação sempre estou na estrada e não é difícil me encontrar por aí, basta ir até um bom encontro ou então ir até Balneário Camboriú, reduto de bons motociclistas e distância ideal para se fazer em um final de semana a bordo de uma esportiva (1.100km entre ida e volta). Lembro de ter te encontrado em Balneário Camboriu em um ano que era a 7ª vez que estava naquela cidade a passeio de moto.

JM - Quanto ao relacionamento com os motociclistas em geral, o que me dizes:
Cris - Excelente, pois em geral é uma irmandade, onde se você precisar de algo certamente vai achar um bom samaritano, diga-se sinônimo de motociclista.

JM – E a tua participação em eventos de motociclismo:
Cris - Perdi a conta, há muito tempo da quantidade de eventos que participei, os encontros como Termas do Gravatal-SC (7 edições), Laguna-SC, Araranguá-SC, Tramandaí-RS, Brusque-SC, Urussanga-SC, Balneário Camboriu-SC entre tantos outros.

JM
– Sobre pistas e/ou profissionalismo:
Cris - Sempre me atraiu demais as pistas, porém o custo de competir me repele até hoje. Ano passado decidi brincar numa etapa do Campeonato Gaúcho de Motovelocidade, aonde existe uma categoria que aceita qualquer tipo de preparação de moto, ou seja no meu caso, nehuma, a moto exatamente como chegou da estrada foi colocada na pista (com placa e tudo). Para minha surpresa ainda obtive um quinto lugar com direito a pódio, troféu e muita alegria.


JM - Apontamentos finais:
Cris - Sempre quis expressar minha opinião por algo tão banal e polêmico. A discussão de MOTOQUEIRO ou MOTOCICLISTA??? muitos motociclistas se sentem ofendidos ao serem chamados de motoqueiros, pois motoqueiro tem uma conotação negativa para muitos. Mas não para todos, pois entendo que o simples fato de amar, curtir e/ou sobreviver sobre uma moto nos unifica de maneira inseparável e seja lá como formos chamados, o objetivo final é o mesmo, estar em duas rodas. Vale ressaltar que não conheço nenhum motociclista, motoqueiro, piloto ou moto-boy que odeie motos, então estamos todos no mesmo barco, ou melhor, na mesma paixão, que para alguns move em direção a um passeio, outros a um encontro, outros a uma pista ou ainda ao sustento de uma família ou um filho com fome.

As fotos foram todas cedidas pelo Cristian, dos álbuns da Família Horbach








SEMANA DO MOTOCICLISTA- REFLEXÕES

No dia do Motociclista sempre procuro falar sobre alguma coisa a respeito de nós, felizardos que usamos as motinhos para nosso deleite e lazer, ou ainda privilegiando a segurança e o respeito entre todos nós, motociclistas ou não.

Quando li o artigo do Sr. Lucas Pimentel, quis enviar para todos vocês as palavras ditas por ele, Presidente da ABRAM- Associação Brasileira de Motociclistas, pois é muito conveniente e oportuna. Não apenas pelo fato que gerou seu texto, a segregação veicular, mas principalmente pelos aspectos que ele elenca e que nós às vezes nos esquecemos e deixamos de lado o poder e força que teríamos, se quiséssemos reivindicar nossos direitos de contribuintes e trabalhadores:

“... que adquirimos nossas motocicletas de empresas legalmente estabelecidas no país, que fazemos a manutenção desse nosso veículo em empresas abertas ao público de acordo com as leis que regem o setor de comércio, que cumprimos o nosso dever de cidadão pagando ao poder público impostos para adquirir, possuir, abastecer, rodar e até mesmo acidentar-se numa motocicleta,...”

Segue o texto na íntegra. Um super beijo e think about!!! Julie M.


O motociclista e o exemplo de Mandela - Segregação veicular

Quero acreditar que você conhece a incrível história de abnegação e superação de Nelson Rolinhlahla Mandela, grande líder que pagou um enorme preço como um ferrenho opositor, a fim de livrar sua nação, a África do Sul, do Apartheid, regime de segregação racial implantado em 1948, pelo qual cerca de 4 milhões de brancos dominavam, massacravam e martirizavam quase 20 milhões de negros. Mandela ficou 38 anos na prisão por seu ideal de ver uma África livre: "Nosso país pertence a todos os que nele vivem", são as palavras de abertura da Carta da Liberdade, escrita por Mandela em 1950.
Esses e outros fatos que nos servem como lição e exemplo de vida estão ao alcance de todos através da internet, e inúmeros livros e filmes sobre a sua vida. Entretanto, o que quero destacar é que Mandela não buscava o seu próprio interesse e sim o de sua nação. Era advogado, portanto, conhecedor das leis, assim era capaz e preparado para obedecer e se contrapor nos momentos certos. Não obstante, fora da prisão, havia um enorme número de pessoas totalmente comprometidas, informadas e envolvidas com a justa causa que Mandela representava.
Em 11 de fevereiro de 1990, após inúmeras sanções internacionais, ele foi libertado, no ano de 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz e em abril de 1994, por meio de um processo democrático, foi eleito presidente da república, cargo que exerceu até junho de 1999. Sua história de vida contribuiu para que o mundo olhasse com respeito para a África do Sul, tanto que o país entrou para o seleto time dos países-sede de uma Copa do Mundo de futebol. Hoje, no auge dos seus 92 anos, é o homem público mais respeitado na África, e a população esteve ansiosa por vê-lo dignificando a abertura do mundial em curso.
Digo isso porque, deixando de lado os equívocos e exageros de parte a parte, podemos sem dúvida nos inspirar no belo exemplo de Mandela, para fortalecer a nossa luta. Hoje, nós, motociclistas de bem, que nos habilitamos pelo processo estabelecido pela legislação vigente de trânsito, que adquirimos nossas motocicletas de empresas legalmente estabelecidas no país, que fazemos a manutenção desse nosso veículo em empresas abertas ao público de acordo com as leis que regem o setor de comércio, que cumprimos o nosso dever de cidadão pagando ao poder público impostos para adquirir, possuir, abastecer, rodar e até mesmo acidentar-se numa motocicleta, e que ao pilotar uma moto, usamos os equipamentos de proteção individual estabelecidos pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, estamos de um modo geral sendo tratados como vândalos.
Pode parecer um exagero, mas vejo surgir diante dos nossos olhos o que podemos chamar de “segregação veicular”. É isso mesmo, o espaço público das vias, que sempre privilegiou os automóveis, agora, em pleno século 21, ganha força total através de uma nova roupagem: “Proibir a circulação de motocicletas em determinadas vias para diminuir as ocorrências de trânsito”. O que, a meu ver, é inaceitável, como certamente era o Apartheid. Não porque sou contra a segurança, pelo contrário, é justamente porque ao nos amontoarmos em vias já saturadas, aumentará exponencialmente o risco de nos envolver em ocorrências de trânsito. O pior é que pelo que vejo há uma Lei que permite o poder público municipal desrespeitar a Carta Magna do país que é a Constituição Federal, posto que com a municipalização a prefeitura pode ignorar o princípio constitucional que diz: “NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA COISA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI”.
Então, nessas eleições em que, dentre os cargos eletivos, elegeremos deputados federais, precisamos urgentemente eleger pessoas comprometidas com a causa motociclística. Pois são os deputados federais que legislam sobre trânsito, assim cabe a eles mudar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Talvez, você pergunte: E, além disso, o que podemos fazer de fato? Precisamos mostrar para a prefeitura a nossa indignação. Então, pensemos numa caminhada, assim ninguém será multado. Você precisa falar com cada familiar seu, cada amigo, mesmo que ele não seja motociclista. Mas fique atento: o grande problema que Nelson Mandela enfrentou é que os brancos diziam para os outros brancos que ele queria uma África só para os negros, com isso, os brancos se uniram contra os negros, daí a razão de tanta hostilidade. No nosso caso, precisamos explicar para as pessoas as consequências e os danos que sofreremos em não poder transitar em determinadas vias, pois que são contra motociclistas, tendo uma pista só para eles, serão ainda mais implacáveis conosco. Outra coisa que poderemos fazer caso a proibição entre em vigor é entrar com ações coletivas na Justiça contra a prefeitura com base no Inciso § 3 do Artigo 1º do CTB: “OS ÓRGÃOS E ENTIDADES COMPONENTES DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO RESPONDEM, NO ÂMBITO DAS RESPECTIVAS COMPETÊNCIAS, OBJETIVAMENTE, POR DANOS CAUSADOS AOS CIDADÃOS EM VIRTUDE DE AÇÃO, OMISSÃO OU ERRO NA EXECUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PROGRAMAS, PROJETOS E SERVIÇOS QUE GARANTAM O EXERCÍCIO AO TRÂNSITO SEGURO”.

Pensemos seriamente nisso!

Lucas Pimentel , 41 anos, é presidente da ABRAM - Associação Brasileira de Motociclistas, membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do CONTRAN.


(Texto extraído da página oficial da ABRAM - http://abrambrasil.org.br/presidencia_16.06.2010.html )

Wednesday, July 07, 2010

O Sentido da Liberdade...



(Foto de Eduardo Wermelinger)


Quando ouvimos falar de motocicletas, vem sempre à mente a associação com liberdade, vento no rosto, cheiros, calor do sol na pele, enfim, muitas sensações gostosas que nos fazem viajar mesmo que não saíssemos do lugar!

Mas motociclismo é muito mais que isso.
Motociclismo para alguns chega ser uma religião,um mantra, ou ainda estilo de vida, opção de vida... poderia enumerar outras tantas associações. Mas liberdade... Por que liberdade?
Se entrarmos no âmago da questão, e passarmos a questionar, indagar aos pilotos-motociclistas e motociclistas- pilotos ouviremos muitas versões:

Quem pilota uma esportiva, muitas vezes no limite da navalha, essa sensação de liberdade é confundida com a adrenalina que se espalha por todo corpo, como se fosse um pavio aceso correndo por cada cantinho, por cada artelho, espalhando por todos os músculos, é indescritível.

Já quem anda na carona de uma super-trail, pode namorar o mundo! A começar pelo parceiro que a pilota. O mundo inteiro fica passando, mostrando todos seus contrastes, apurando todos nossos sentidos. A adrenalina parece outra, mexe com os nossos sentidos, deixando-nos em êxtase.

Quem pilota estas super-trails detém o poder da escolha, pois não há limites para os desafios, qualquer terreno é uma aposta. E a liberdade se traduz em não precisar se limitar a aspereza do asfalto, ao circuito de uma pista. Ela vai muito além, tão longe quanto os olhos e o tanque de combustível possa buscar! Desbravando muito além de estradas e paisagens, desbrava conceitos e desejos.

Liberdade acima de tudo é poder fazer a escolha de ser ou não ser feliz, e quem pilota sabe bem do que estou falando, pois sobre duas rodas, no terreno escolhido, na ciclística preferida, o limite de ir e vir é imposto por nós mesmos. No domínio homem - máquina.

Ainda bem que é apenas um caminho sem volta de estilo de vida, our way of life, mas que sempre voltamos de encontro ao que somos: Motociclistas...


Julie M.
Bento Gonçalves (RS) - 06/07/10

Monday, June 14, 2010

Motos & Mulheres e...

Mulheres & motos....



Este ano não escrevi sobre o dia da mulher como sempre fazia em 8 de Março. É um assunto bem interessante, tanto sob ótica feminina quanto masculina. Tenho como guia nestas minhas andanças de motinho uma premissa embasada em comportamento, a velha lei da ação e reação, respeitar para ser respeitado. Tenho horror às associações esdrúxulas entre Máquinas x Mulheres e vice-versa.



Então, desde que comecei meus primeiros quilômetros com moto, sozinha, sempre quis ser reconhecida como motociclista, por PILOTAR motos. Fiz inúmeras besteiras (barbeiragens!!!), coisas de principiante, que hoje em dia já são vagas lembranças. Fui aprender com quem sabe e dá conta do recado. Com gente de pista, e se pudesse estaria fazendo a cada ano um upgrade, pois sempre descubro mais alguma coisinha do jeito mais difícil, na prática; enquanto que numa pista fechada e com um instrutor seria mais fácil e muito mais seguro.
Por isso, meu recado para quem começa, tanto homens como mulheres, é:

RESPEITE SE QUISER SER RESPEITADO...
DEVAGAR SE VAI LONGE E SEMPRE...
A CADA QUILOMETRO SE APRENDE MAIS...
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA NÃO É PERFUMARIA...
A PREFERENCIAL NUNCA É DO MOTOCICLISTA...
NÃO ACHE NUNCA QUE VOCÊ JÁ SABE O SUFICIENTE...


Para mim a superbike está associada à força, desempenho, fascínio, aprendizado, coragem, determinação, respeito, humildade... e tantas outras coisas. Menos uma: sensualidade (sendo sutil e deixando aberto às interpretações!)
Não serei hipócrita a ponto de ser taxativa quanto ao apelo sexy das motinhos, pois elas denotam por si só seu próprio erotismo. Mas a vulgarização em tudo é deplorável.

Quem realmente pilota entenderá o que estou falando, tem uma frase por aí que diz mais ou menos assim: “Quem pilota entende, pra quem não pilota nem adianta explicar”



Já escrevi, há algum tempo, sobre a sensação quase orgástica de estar acelerando estes bólidos, mas o adjetivo foi usado para exacerbar o sentimento de estar pilotando. De estar dominando uma obra de arte de engenharia e tecnologia, onde qualquer desatenção significa proximidade com o chão e na melhor hipótese só dói muito!!!! Qualquer outra associação foi mera conseqüência da percepção míope de quem lia.

Por favor, não generalizem nunca, não rotulem nunca. Toda regra tem exceção e estas linhas expressam tão somente a minha opinião.

Esses dias um colega disse-me que estava com sua namorada (cada qual na sua bike) num encontro aqui do Sul e a namorada foi abordada de maneira acintosa debaixo do nariz dele. Aí ele perguntou-me se o desrespeito é sempre assim, pois eles adquiriram recentemente as bikes e estão começando a andar por aí. Fiquei sem jeito, porém disse-lhe que infelizmente ainda muitos são assim e que é preciso escolher bem aonde irá e com quem ficará.



Lamentavelmente são poucos os encontros onde se pode desfrutar de um excelente passeio e de estadia não tão perigosa. Muitos eventos ainda são para beber muito, zoar muito e respeitar pouco. Não faço apologia ao “Zoeira tô fora”, pois sinto falta dos velhos encontros onde se passeava de motinho, via-se shows de zerinhos, área própria para qualquer um gastar seus pneus com segurança, e muitas outras atrações. Mas tenho horror a desrespeito. Fui ao nosso XI Motoserra, no final de semana que passou, mas nem de longe lembra nossos velhos encontros. Uma pena.

Super beijo e até a próxima, Julie M.

XI MOTO SERRA & MOTO ADVENTURES...



Com relação ao evento aqui da Serra... participantes de muitos lugares, muitos moto grupos se fizeram presentes, uma centena deles e de vários Estados.
O tempo, para variar, frio e chuvoso, vindo a secar brilhar um pouco do sol ao final. Mas é sempre assim, nesta época do ano não há muito o que esperar.






Para os motociclistas de final de semana, é muito ruim, pois estes somente tiram suas motinhos debaixo do cobertor se o dia permite, com muito sol, e sequíssimo. Caso contrário, lá elas ficarão, aguardando a próxima previsão do tempo favorável!!




Para os motociclistas de verdade, frio, chuva... sol, tanto faz, o importante é a estrada e o final dela, os encontros com amigos, conhecidos e desconhecidos, mas unânimes no meio duas rodas!



Falava com um amigo, do Rio de Janeiro, que estava em Campos do Jordão e seguindo à Minas Gerais na semana que antecedia o encontro daqui da serra; ele perguntou-me dos atrativos do encontro e do que mais ele encontraria a sua disposição caso viesse para cá; aí comecei elencar as coisas daqui, tais como passeios entre os caminhos das vinícolas, vales, a parte gastronômica, pois toda vinícola tem um bom restaurante; enfim, o que temos e a feira Expobento, que ocorria no mesmo período do moto-encontro.



Neste momento, me dei conta que não temos lugares de lazer nem para nós “viventes” daqui, tampouco para visitantes. Ele já conhecia os “roteiros turísticos do vinho”, pois já tinha vindo em outras ocasiões a nossa cidade, então ele queria poder fotografar paisagens típicas nossas e poder desfrutar do nosso interior com boas estradas que não apenas estes caminhos já massificados pela mídia e turismo.



Não soube o que indicar... Dei-me conta que não temos locais para um café, uma vinoteca ou alguma coisa parecida no final de semana. Pouquíssimos lugares também durante a semana. Lugares com infra-estrutura, com bom acesso, com segurança, com eventos culturais, com gastronomia mas sem apelo unicamente comercial (tipo a adega de alguma vinícola onde o visitante é “convidado” a comprar). Lugares descomprometidos, sem venda implícita. Apenas aconchego e tecnologia. Sim, tecnologia significa pelo menos uma internet wireless gratuita, pois os viajantes de hoje necessitam deste tipo de conforto também!



Então, quem veio de longe teve que ficar entre o espaço da EXPOBENTO que tem um pavilhão dedicado ao MOTOSERRA e o que lá era oferecido, ou o já comentado caminho das vinícolas.



Pena não?? Acho que poderíamos ter mais a oferecer.



Quem viaja pelo país afora, sabe do que estou falando. Precisamos acolher motociclistas e ofertar coisas boas a eles também. É crescente o numero de pessoas que optam pelo Moto Turismo Aventura, que cruzam as fronteiras de nosso país passando sempre aqui pertinho. Mas poucos escolhem estes nossos lindos caminhos pela falta de bons propósitos.

Algumas imagens do XI Motoserra:







Beijos, beijos...Julie M.