Estive na Progressive International
Motorcycle Show 2015, que ocorreu nos dias 16,17 e 18 de janeiro, aqui n
Florida. O Miami Beach Convention Center reuniu alguns fabricantes, concessionárias
e lojas especializadas em motocicletas e afins. Tive a oportunidade de ver de
perto muitos dos lançamentos de 2015, de muitas montadoras. Algumas estarão
entrando no Brasil em breve, outras ainda permanecerão nos nossos sonhos:
Ducati Scrambler
A Scrambler, modelo retrô ou
vintage, busca inspiração no modelo italiano dos anos 60 e 70, e
reaparece em quatro modelos: Icon, Full Throtle, Classic e Urban Enduro, sendo
a primeira a única confirmada para chegar ao mercado nacional, ainda este ano.
Segundo o fabricante a parte mais complicada do projeto foi executá-lo como se
nunca houvesse descontinuado. As linhas todas remetem ao estereótipo
Ducati presente em todos os modelos lançados na época. Esta nova moto mantém
traços da original e mantém também, a indicação estampada no tanque de que foi
concebida em 1962 (born in). Da motorização? dois cilindros em “L” de 803 cm³,
com comando de válvula Desmodrômico e arrefecimento a ar e óleo. Simples assim,
como toda Ducati!
Ducati 1299 Panigale
“Regina di Bologna”, la 1299
Panigale! Foi introduzida no Salão de Milão e mantém os padrões gerais de
suas antecessoras, contudo, vem equipada com a nova versão de motor (dois
cilindros em “L”) de 1285 cm³, com 205 hp e seus 166,5 kg (dry), assim,
podemos dizer pela proporção peso/potência que seja um míssil! A casa de
Bologna não parou por aí, tirou a tradicional rabeta com escapamentos e coloca
no seu lugar um monoposto dividido e o sistema de exaustão fica logo abaixo, na
saída do motor. Afora isso, mais fibra de carbono, leds nos faróis e a seu
inconfundível design na estrutura, a 1299 ganhou um sistema
eletrônico chamado IMU - Inertial Measurment Unit ou Unidade de Medida Inercial
– que é a ‘centralina’ da moto, integrando todos os sitemas, inclusive de
frenagem ABS. O câmbio quickshift, também foi adotado nesta versão. A versão
top, a S, conta também com as suspensões Öhlins que não precisam de
apresentação assim como os freios Brembo e rodas Marchesini.
Yamaha YZF-R1 e R1M
Pra quem tem uma R1 como eu, parar na frente da versão 2015 foi uma grata surpresa, me deparei com uma R1 minimalista forte e esbelta!
Pra quem tem uma R1 como eu, parar na frente da versão 2015 foi uma grata surpresa, me deparei com uma R1 minimalista forte e esbelta!
Muito embora tenha mantido a mesma
configuração do motor anterior, quatro cilindros em linha com virabrequim
Crossplane (o famoso motor big bang), internamente ele é completamente novo;
traz tecnologia suficiente gerar os novos 200 cv declarados a 13.500 rpm – 18
cavalos a mais que sua antecessora. Algumas outras inovações são visivelmente
perceptíveis, gerando uma redução no peso considerável, como rodas e subquadro
em magnésio e tanque em alumínio, o sistema de exaustão saiu da rabeta e foi
para saída do motor, deixando o conjunto todo mais leve tanto visualmente
quanto literalmente, pois a nova R1 está bem mais leve e a relação de
peso/potência ficou com mais cavalos que peso! E como todas as concorrentes no
segmento, a eletrônica embarcada conta com ABS, controle de tração, de
derrapagem, deixando a moto um pouco mais mansinha, mas sem perder o DNA do
MotoGP. Menos peso, mais HP, mais diversão.
Assim foi apresentada a R1M, esta
sim legítima extensão do MotoGP, muitas partes em fibra de carbono deixando-a
ultra leve, com faróis de Led, piscas integrados nos espelhos, suspensão
Öhlins, chassis em alumínio e magnésio, Deltabox® contribuem para a
leveza do conjunto. O sistema de freios conta com ABS e UBS ( Unified Braking
System), pinças Nissin e disco de 320mm complementam a performance de frenagem.
Na CCU – Comunication Control Unit, no comando eletrônico desta obra prima da
casa de Iwata, uma verdadeira parafernália de novos componentes, uma sopa de
letrinhas em siglas: IMU – Inertial Measurement Unit que faz nada menos que 125
cálculos por segundo que se conecta com o YRC – Yamaha Ride Control que por sua
vez tem sob controle uma antena de GPS para passar por wireless/wi-fi para
sistemas Android ou IOS (Apple) as informações tanto para mapeamento como
análise de dados das voltas (lap timing) chamado de Y-TRAC; o SCS – Slyde
Control System; o PDM – Power Delivery Mode – que permite escolher entre quatro
modos de pilotagem; o TCS – Variable Traction Control System; o PDM –
Power delivery Mode; LCS – Lift Control System; o LCS – Launch Control System;
o QSS – Quick Shift System; o YCC-T® - Yamaha Chip Controlled Throttle.
Ou seja, um pacote eletrônico jamais oferecido para motos de rua, pura
tecnologia
Kawasaki H2 e ZX14
Na Kawasaki duas celebridades: a H2
e a série especial de 30 anos da ZX14. A H2 é algo muito especial, pois para
sua aquisição é necessário comprovar irá utilizá-la somente em pistas. Ela é
uma outra monstruosa obra de tecnologia em eletrônica e ciclística, outro
míssil, assim como a R1M; absolutamente preparada e desenhada para pistas. Está
equipada com motor supercharged, ou sobre alimentado, (a única moto em
produção com este tipo de equipamento). A pintura com efeito espelhado – em
grande parte da carenagem – foi idealizada pela Kawasaki Heavy Industries a
divisão de Aeronáutica e Tecnologia do Grupo Kawasaki, bem como vários outros
componentes da moto, dentro do conceito Built Beyond Belief, traduzindo,
construída além da imaginação!
A iluminação em LED deixa a
imaginação fluir, dando a impressão de presas, quadro em treliça verde
destacando entre as partes espelhadas e em carbono e titânio. Existem duas
variantes para a nova plataforma H2 supercharged. Uma delas é esta apenas para
pistas, cuja produção é limitada, a Ninja H2 ™ R, que dispõe de 300
cv, pneus de corrida, uma carenagem frontal de fibra de carbono e um escape de
titânio. Precisa comprovação A outra unidade é o modelo de rua Ninja H2 ™, que
apresenta cerca de 200 ps (UE) que são, exatamente 197.1846514746 cavalos de
força! Esta tem os faróis necessários, piscas, pneus DOT para poder ser
utilizada nas ruas. A Kawasaki não divulga números oficiais de potência para os
modelos de rua, mas eu obtive a informação junto a uma fonte segura da Kawasaki
americana. A Ninja ZX14 dispensa apresentações. Ela foi concebida num visual
comemorativo ao aniversário da Kawasaki. A foto fala por si!
Uma das novidades da BMW na feira foi seu primeiro modelo crossover. Misturando a esportividade pois utiliza o motor de quatro cilindros em linha que equipa a superesportiva S 1000 RR e o dual purpose com o uso de suspensões de longo curso. Ou seja: a S 1000 XR é sinônimo de versatilidade, reunindo o que há de melhor nos dois ícones da marca germânica que são as S 1000 RR e da R 1200 GS. Conforto e ergonomia aliados ao alto desempenho cujo foco são as grandes viagens (long run). Na ficha técnica temos: propulsor tetracilíndrico de 999 cm³, com 160 cv de potência máxima e torque de 11,4 kgf.m, freios ABS, controle de tração e os habituais modos de pilotagem que a marca já utiliza em seus modelos.
Outras tantas marcas como Suzuki, CanAm, Honda, HD, Indian, Triumph, KTM, Victory também apresentaram suas estrelas, esse artigo ficará bem extenso. Vou dividi-lo, sendo uma das partes será um capítulo chamado Chopper!
Havia um concurso e consequentemente uma dezena de modelos brigando em brilho, motores e etc. Algumas muito originais, construídas a partir de materiais reciclados, garrafas, correntes e etc. E as pinturas? Brilhos e verdadeiras obras de arte. Muito glitter, muito brilho nas pinturas, em detalhes como assentos, carenagens e cromados, dourados... Sem falar das Cruisers. Não são meu forte, contudo haviam verdadeiras naves em duas rodas, algumas contando com itens de pura sofisticação e conforto.
Fotografias:
E.Schneider Photography
e acervo Julie M.
Direitos autorais.
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