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Tuesday, October 25, 2011

A Bela e a Fera…

A promessa do motociclismo feminino no Brasil.

A cada tanto surge mais uma corajosa e talentosa mulher neste mundo que outrora era privilégio masculino!

Mais uma vez uma linda mulher no comando destes bólidos, disputando par a par numa pista repleta de pilotos… Correção: nem foi par a par, pois a Erika subiu ao pódio tendo pilotado uma 600cc e enquanto seus companheiros de pódio pilotaram suas 1000cc!

Pegando carona no Motocombatom, da minha querida Vanessa, não poderia deixar de publicar a entrevista feita com Erika Cunha, paulista que tem brilhado com muita categoria nas pistas de motociclismo deste país. Não tive o prazer de conversar com a própria Erika, creio que não faltarão oportunidades, e a Vanessa (www.motocombatom.com.br) me autorizou a publicar tudinho!

Com vocês…..


"A Bela"

Fera na pista e bela fora delas, assim podemos definir a paulista Erika Cunha nascida em Ribeirão Preto/SP, que surpreendeu a todos nos dias 22 e 23 de Outubro, onde participou da 2ª Etapa do Campeonato Estadual de Motovelocidade, realizado no Rio de Janeiro, no Autódromo Internacional Nelson Piquet. Estreiando na categoria Super Stock com motos de 600cc a 1000cc, disputada por mais outros 11 pilotos, a piloto foi a única mulher a competir.
O grande destaque, é que em sua primeira corrida, a piloto conseguiu chegar em 5º Lugar, e foi a unica piloto a estar no pódium com uma moto de 600cc, já que todos os seus adversários competiram com motocicleta de 1000cc. Sobre a corrida, ela nós relatou:
“Fiquei muito feliz com o resultado obtido, pois não esperava o pódio, principalmente pela pouca experiência e por competir com pilotos tão bons. Nosso objetivo é treinar bastante neste ano, para que no ano que vem possa estar mais bem preparada para correr um campeonato inteiro.”
A paixão por motocicleta começou bem cedo, já que pilota desde os 6 anos, mas somente agora tem buscado se profissionalizar, e surge como promessa da equipe Cerciari Racing, que acredita no seu potencial e tem investido na carreira da jovem piloto.
Quanto ao fato de correr com homens ela declara: “Nas pistas, depois que colocomas os capacetes não existe diferença de homem e mulher, somos todos piltoos atrás dos mesmos objetivos…”
Sua experiência com motos não se limita apenas as pistas, já que no dia a dia, ela possui nada menos que uma Yamaha R1 e já cultiva várias histórias, sendo figurinha carimbada nos encontros de motocicletas.
MCB: Quando nasceu essa paixão pelo motociclismo?
EC: Desde criança, meu pai era motociclista e tem sido uma paixão transmitida de geração em geração, pois meus sobrinhos já tem essa paixão.
MCB: Quais as dificuldades que você teve no início quando começou a pilotar? Você teve o apoio da sua família?
EC: Sempre fui incentivada a andar de moto, quando resolvi competir foi motivo de espanto, já que menina são sempre vistas como “frágil”, mas hoje todo mundo adora e me apoia.
MCB: Já fez algum curso de pilotagem?
EC: Quando eu cai a primeira vez de moto, foi em Interlagos no S do Senna, e lá resolvi que aprenderia a andar bem de moto, procurei o melhor curso de pilotagem e encontrei a Cerciari Racing School que além de me ensinar, enxergou que eu poderia ir além, e hoje faço parte da equipe.
MCB: Qual moto você possui?
EC: Tenho duas motos, uma Yamaha/R1 que uso no lazer e uma Yamaha/R6 para competir.
MCB: No dia a dia, costuma fazer passeios de moto com mais mulheres?
EC: Na cidade onde resido atualmente, ainda não tem mulheres que compartilham na mesma intensidade da minha paixão, então, normalmente eu viajo com os homens.
MCB: Quais as dificuldades que você teve no início quando começou a pilotar? Existem muitos preconceitos?
EC: Sempre penso que as dificuldades são criadas por nós, assim, nunca vejo nada como difícil, sou decidida, gosto de ir a luta e conseguir meus objetivos.
MCB: Existe alguém que você adimira no meio motociclístico?
EC: Meu pai e o eneadecacampeão de motovelocidade Luiz Cerciari.
MCB: Qual a sua mensagem para as mulheres que estão começando a andar de moto seja por Hobbie ou Profissional?
EC: Moto é nosso elo com a vida, deixe com que ela torne sua vida mais feliz! Tudo só depende de você, sempre!

Acessem o blog da Bela: erikacunha.blogspot.com

E um agradecimento mais que especial a Vanessa do Motocombatom por ter emprestado a entrevista!

Beijos e até a próxima,
Julie M. - j.n.m@terra.com.br

Wednesday, September 28, 2011

Mais motociclistAs… desta vez, aqui pertinho e uma pessoa determinadíssima!




Mais motociclistAs… desta vez, aqui pertinho e uma pessoa determinadíssima!


Tenho escrito sobre estas corajosas e bravas mulheres em suas superbikes, algumas em pistas participando de campeonatos disputando de igual pra igual, como a Cris Trentim (e outras que ainda irei publicar) e as que, como eu, apenas amam e pilotam suas paixões!
Lá no meu primeiro artigo, em novembro de 2005, escrevi sobre esta ragazza… Minha companheira, estímulo para acreditar no meu grande sonho em ter a minha superbike também. Deixo o link aqui para vocês viajarem no tempo como eu fiz:
http://www.motoesporte.com.br/motogatas/juli%20ilaine%20sc.htm http://www.motoesporte.com.br/coluna/juli/28-11.htm

Eis que, like a Phoenix, Dona Ilaine retorna com força total! Desta vez com sua super poderosa, maravilhosa CBR1000RR! Além de tudo, linda como toda Honda é! Então, não resisti, pois esta mulher é um exemplo de determinação e muita coragem… Naquela época eu já achava ela bárbara pilotando sua Kawasaki, hoje nem preciso falar… pois ela mesma irá dizer a vocês quem ela é! E andei com ela naquele tempão lá atrás e hoje também! Ela segue excelente piloto, alguém para admirar e quem sabe, apostar. É o que ela vai falar ao longo desta entrevista. À princípio fiz um roteiro pensando em construir um texto a partir dele, porém ficou bem bacana e resolvi deixar assim. Com vocês as palavras da Ilaine Ceratti!!!!



1. Identificação: Ilaine Ceratti, 34 anos, gerente financeiro, Caxias do Sul-RS.

2. Fale como e quando começou o interesse por motos: Comecei acompanhando o surgimento das esportivas, na época as Kawasaki, em 1991, então com 14 anos. Só olhava, achando que seria muito difícil, impossível pilotar uma, e querendo ou não, a sociedade já empunhava que isto era “coisa de menino”, até que cresci e comecei a ver tudo com outros olhos, e tapei os ouvidos ao preconceito, vi que eu podia ao menos tentar já que aquilo me fascinava tanto.

3. Conte como foi seu início neste esporte e suas dificuldades: Resumindo a história, uma amiga tinha um vizinho que possuía uma CBR450, e na cara dura pedi pra me ensinar a pilotar. Subi na moto, ele na garupa, me ensinou como trocar de marcha, como frear e pronto. Liguei a moto, saí andando como se já houvesse pilotado antes, e com ele na garupa teimando que eu estava enganando ele, que eu já pilotava motos. Hoje eu admiro a coragem dele de deixar alguém que nunca havia pilotado nem uma biz…hehe


4. E quantas motos: 4 anos com CBR450 SR 1993 (média de 40.000km); 4 anos com ZX-9R 1994 (média de 35.000km); A 8 meses com a CBR1000RR HRC 2007 (já 12.000km rodados).

5. A atual moto: CBR1000RR HRC 2007

6. Fale sobre sensações/importância/significado pra tua vida: Acho que aquela frase que todos dizem sobre a moto, “uma sensação de liberdade”, é verdade sim. Entretanto, para mim a sensação de liberdade é constante pois somos donos do nosso destino, tudo depende de nós mesmos e temos a liberdade de fazermos as escolhas que queremos. Para mim a moto dá uma extrema sensação de prazer em pilotar, uma extrema felicidade que como vc disse lá na Tenda, tem preço sim…hehe É só falar a palavra “moto” ou ouvir o ronco de uma passando que os olhos brilham, o sorriso aparece naturalmente em meu rosto. Para mim tem grande importância e significado. Não tem dia ruim estando na estrada de moto, já tive que fazer escolha em relacionamento (optei pela moto é claro) e a tornei minha grande companheira. Graças a essa vida em duas rodas, tenho hoje grandes amizades. Você pode sair sozinho pra um passeio de moto, mas com certeza encontrará amigos e fará novos… Às vezes nem nossa própria família nos compreende tão bem quanto nossos amigos motociclistas…


7. Em relação ao apoio da família: No início foi muito complicado, hoje já é mais tranqüilo, mas há ainda a grande preocupação cada vez que saio com a moto. Compreendo esta preocupação, porque estou ciente de que estou montada em uma arma. Atualmente estou em um relacionamento onde recebo total apoio, mas com aquele recadinho “se cuida qdo for pra estrada porque tem alguém aqui que vai estar esperando você voltar”.

8. Sua melhor viagem: De Curitiba a Caxias, quando eu trouxe esta CBR. Fui no sábado na loucura de ir na garupa de uma R1 até Curitiba, doía até a alma…hehe mas no domingo subi na moto e lembro de cada momento até aqui, vim me lembrando destes 5 anos sem moto, da batalha, do quanto eu me empenhei, do quanto chorei naqueles sábados de sol, do quanto me isolei dos amigos, do quanto eu estava triste sem este pedacinho perto de mim, e entre estes pensamentos rezei agradecendo!!! Chegando aqui só larguei a mochila em casa e fui pra estrada de novo, fui andar na serra, não queria parar de andar. Fiquei 5 anos sem moto, e quando eu realizei novamente este sonho, disse o Érico lá em Curitiba, “o sorriso não sai mais do seu rosto”.

9. As longas distâncias percorridas, quais? A mais longa foi esta de Curitiba, fora isto Itajaí. Nas sextas já vou dormir torcendo pra que o final de semana tenha sol e já vou programando o passeio, quanto mais longe melhor, mais tempo pilotando… Pretendo fazer uma viagem bem longa no próximo ano, aquelas de ficar uns 20 dias conhecendo novos lugares.

10. Seu relacionamento com os motociclistas em geral: perfeito! Sempre digo que uma mulher em um grupo só de homens consegue conquistar o respeito impondo o respeito. 99% das minhas viagens foram com motociclistas do sexo masculino e não tive problema algum. Claro que houveram momentos que alguém tentou se passar comigo, mas levo na esportiva pra não ficar um clima chato, ou seja, cantadas entram por um ouvido e já saem por outro… De vez em quando ouvem-se piadinhas machistas também, já nesse caso não consigo levar na esportiva.

11. Sobre sua participação em eventos de motociclismo: Inúmeros! Citarei os que lembro: Itajaí, Rio do Sul, Lages, Gravatal, Rincão, Araranguá, Torres, Tramandaí, Santa Maria, Triunfo, Taquara, Igrejinha, Bento Gonçalves, Veranópolis, Nova Petropolis, Xangri-lá. Atualmente não participo dos eventos o tanto quanto participei de 1998 a 2006. Quem anda de moto desde aquela época e participava dos encontros, deve lembrar-se do quanto era diferente, do quanto era prazeiroso ir a um encontro de moto. Na minha opinião, hoje o único lugar que eu considero um “encontro de moto como da época antiga” é a Tenda do Umbu, um único lugar que restou onde os motociclistas encontram-se simplesmente pra compartilhar da mesma paixão, as motos. Um único lugar onde encontram-se os apaixonados pelas suas máquinas pra compartilhar as novidades, trocar idéias, rever amigos, enfim, um lugar de respeito aos motociclistas.



12. Sobre pistas e/ou profissionalismo: Em Agosto, dois amigos (Marcos e Marcelo) convidaram para ir à Guaporé assistir aos treinos que antecediam o Gaúcho de Motovelocidade e também ver o curso do Rad Racing School. Chegando lá, o pessoal da escola de pilotagem nos convidaram para andar junto com os alunos e eu não consegui recusar…hehe Antes de entrar na pista vieram mil e um pensamentos… primeiro lembrei do que os amigos Cristian e Massa diziam. O Cris certa vez disse “você que adora pilotar tem que andar na pista, você vai ver que é bem melhor que andar na estrada”, o Massa disse “a pista vai te levar a fazer coisas que você nunca imaginou fazer” (isso vai ser só depois de algum treino…hehe). Vieram também pensamentos “como será? Vou sentir medo? É como andar na estrada?” Até que veio aquele pensamento medonho… “minha moto é minha preciosidade, tenho que cuidar, não posso cair com ela assim toda perfeitinha, não posso errar o traçado da curva, vou ter que ir bem devagarinho, não posso me empolgar…”, bom em 2 minutos meu cérebro trabalhou muito. Recomendação do instrutor “primeira vez então vai de boa, principalmente na primeira volta, e depois se for sentindo que dá pra acelerar mais, vai… mas com cautela”. Resultado: 1º “me apaixonei pela pilotagem na pista, volta a volta queria mais e mais, queria andar mais rápido, dar uma abusadinha mas ops! Minha moto precisa sair daqui intacta, batalhei muito e não posso estragar tudo em uma empolgação de uma tarde”. 2º pra brincar melhor preciso trocar de moto, uma mais leve e menor de “entre eixos”, pois sou pequena né…hehe 1,67 pra esta moto é pouco tamanho! Até o final do ano decidirei qual será a substituta da HRC. 3º tenho agora um novo sonho, quero andar na pista com uma moto só pra pista, mas nesse caso complica… pra realizar por conta própria só daqui uns anos, antes preciso criar vergonha na cara e comprar minha própria casa. Pra realizar isso através de patrocínio é mais complicado ainda. Sejamos realistas que o motociclismo aqui no Brasil não é visto como um esporte pela maioria, e sim como apenas um “hobby”. Já é difícil patrocínio aos motociclistas do sexo masculino, imagina então pra uma mulher, pois outro fato existente é o preconceito menor que a anos atrás, mas ainda existente.



13. Sua participação em motogrupos: Andei mais sozinha do que com motogrupo. Fiz algumas viagens com o MC Bento Gonçalves, depois fui integrante do motoclube Rotas do Sul por uns dois anos, do qual guardo um carinho enorme, logo após vendi a Kawa e querendo ou não acabei me afastando do grupo e de todo pessoal das motos que eu tinha contato. Hoje não participo de nenhum motogrupo mas tenho um grupo de amigos em que nos reunimos durante a semana e nos fins de semana para os passeios, um verdadeiro “grupo de amigos”.



14. Seus apontamentos finais: Agora em Outubro ou Novembro farei um curso de pilotagem, quero melhorar, preciso melhorar… quero suprir minhas próprias expectativas, quem sabe rola um patrocínio e eu consiga participar pelo menos do campeonato gaúcho um dia?! Quem não vive de sonhos não vive, apenas existe… Fico muito feliz em ver o quanto cresce o número de mulheres saindo da garupa e indo para os passeios em sua própria motocicleta, mais feliz ainda quando vejo as mulheres andando na pista, sem preconceito em volta, com apoio dos próprios competidores.

 Então amigos, esta é a Ilaine, gaúcha, apaixonada e que flutua ao falar sobre motos tamanha sua paixão! E a Tenda do Umbu que ela comenta, está localizada em Picada Café, Rio Grande do Sul, a beira da BR116. É mais ou menos o que os paulistas tem no Serra Azul em Itupeva! Ah! e quem quiser dar uma espiadinha no que estamos falando, esta Tenda do Umbu tem no seu site um link com camêra de vídeo on time e full time! Se acessarem aos sábados à tarde, talvez vejam a Ilaine por lá!!!

Super beijo e até a próxima MOTOCICLISTA….

Julie M.





Tuesday, August 30, 2011

Dicas de Dudu Rush

Dudu!


Você sabe que piloto minha neguinha, a Vicky (uma YZF-R1), sempre sozinha e que a manutenção dela é por minha conta e risco, ou seja, eu sentir algo e correr para assistência técnica. Sabia que havia passado a quilometragem de troca de óleo dela, mas não pensei que fosse causar muita diferença em semanas a mais ou a menos.



Sai um final de semana antes do programa para acelerar e senti a troca de marchas ruim, às vezes até não engatando ou o contrário. Achei perigoso, entretanto de imediato pensei que era problema meu que estava sem pilotar há algum tempinho...



No sábado antes do programa, dando uma volta na cidade perdi a passagem de 1° para 2° marcha, ficando aquela acelerada no neutro, por duas vezes. Fiquei com vergonha até, pois certamente se algum clube do bolinha viu (ouviu), devem ter feito piada! Aqui ainda existe um certo preconceito por nós, mulheres, estarmos com os brinquedinhos que outrora foram de exclusividade masculina.

Atenta ao teu chamado a respeito do programa, com Moto GP sendo transmitido naquele horário, troquei de canal e assisti o programa da Globo no Domingo onde você mostrou e explicou a importância de um bom óleo no motor de nossas motos (AutoEsporte , rede Globo, 14.08.2011, 8:30hs)





http://g1.globo.com/videos/autoesporte/v/jogo-de-corpo-dos-moticiclistas-impressionam-pela-agilidade-e-movimento/1596221/

Falou como um óleo velho (ou vencido) poderia comprometer fisicamente e as deficiências que irão surgir no motor e etc. Na hora tive o insight e lógico, alívio pois o problema não era meu e sim do óleo vencido. Certamente deveria ser isso. Você foi super claro, até eu que não entendo nada de motinhos, percebi o erro. Então, naquela semana eu fui trocar o óleo.

Ao sair da oficina percebi a diferença, parecia ter trocado de moto, e quanta diferença! A suavidade do engate das marchas, trocas silenciosas, macias. E eu achando que o problema era eu! Rsrs

Aliás, o problema foi meu sim, não por má pilotagem, foi por não ter trocado antes o óleo e ter corrido riscos por negligência!

Quero te agradecer muito por isso!

E esse e-mail era só para dizer um muito obrigada, mas como gosto de escrever... Acabei publicando ele também!! Vai o link para você!

 http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_08_30_archive.html

Abração,

Julie M. j.n.m@terra.com.br

Wednesday, July 27, 2011

Hoje é dia do motociclista, dia 27 de julho

Amigos Motociclistas...


 

Fiquei pensando o que escreveria em homenagem ao nosso dia.


Falo sempre em SEGURANÇA, EQUIPAMENTOS, RESPONSABILIDADE, EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO, RESPEITO, enfim muita coisa que todos nós deveríamos fazer uso. Já publiquei nesta data alguns poemas, textos de outras pessoas que vestem a mesma paixão pelas duas rodas.


Entretanto, hoje quis dedicar neste dia um espaço maior ÀS MOTOCICLISTAS!


Comecei a escrever meus artigos aqui no MOTOESPORTE em 24 de novembro de 2005, e desde então conheci muitos de vocês que eventualmente me escrevem e compartilham da mesma paixão. Sempre comento que existem muitas coisas maravilhosas no mundo da Internet e esta minha participação aqui tem sido uma delas.


Meu intuito, à princípio, era fazer deste espaço uma bandeira para que mais mulheres acompanhassem esse mundo maravilhoso que nós, privilegiados e privilegiadas, fazemos parte.

 Nestes últimos anos tive a alegria de conhecer algumas motociclistas maravilhosas, corajosas, destemidas (diria o amigo Ademir de Caxias do Sul); algumas conheci pessoalmente, pois fomos além da troca de e-mails, fui encontrá-las e elas já retribuíram vindo me visitar.



O número de mulheres pilotando scooters, motinhos de baixa cilindrada é imenso, mas no comando de esportivas, big trails, customs de grande cilindrada tem crescido muito. Descobri que somos muito mais mulheres pilotando estes bólidos do que imaginava!

 Este ano, por exemplo, tive o prazer de acompanhar as meninas em Indaiatuba, numa prova de apresentação, conheci a Cris Trentim, única pilota correndo o Superbike em Interlagos, que aliás fez uma excelente corrida neste último final de semana, onde além de reduzir seu tempo na pista foi homenageada mais uma vez por ser a nossa única representante no meio de tantos pilotos.






Enfim, somos motociclistAs e chegamos para ficar!


O nosso sucesso nesta empreitada se deve ao grande espírito da tribo de MOTOCICLISTAS, amigos, parceiros, maridos, namorados; espírito de união, colaboração, carinho.

Portanto, PARABÉNS A TODOS OS MOTOCICLISTAS QUE DE ALGUMA FORMA NOS ACOLHERAM COM RESPEITO, ADMIRAÇÃO, CARINHO E PARTICIPAÇÃO.

 

Obrigada a todos e um super beijo! Julie M.

Gabriela Rodrigues (in memorian)
 

Nota: Gabriela Rodriguez, piloto (a) brasileira, nascida em São Paulo e radicada em Roma. Corria o campeonato italiano “TROFEO ITALIANO MOTOCICLISTE” e após uma queda no circuito de Vallelunga faleceu em 01.05.2005. Escrevi uma homenagem em alguns sites na época e segue cópia em http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2006/01/homenagem-gabriela-rodrigues-in.html




campeonato feminino europeu



Thursday, July 07, 2011

Olá!!!! Olha eu aqui de novo com estas mulheres-pilotas!

 
Este mundo ‘virtual’ é muito bacana, tem muito trash, mas tem muita coisa boa. Utilizando algumas ferramentas de relacionamento (Facebook, Twitter, Orkut,muito em breve o próprio Google disponibilizará a sua, e etc) pode-se descobrir boas oportunidades, boas pessoas e grandes talentos.

Participei timidamente dos bastidores da prova de motovelocidade das motociclistas de Indaiatuba arrecadando informações aqui e acolá. Sempre à distância, cerca de 1000 quilômetros nos separando, mas on time pelas “pistas internéticas”, e assim pude documentar um pouquinho destas meninas voadoras... 




Fez-me lembrar agora da “japonesinha voadora”, a Ana Lima, nossa primeira mulher em pistas de motovelocidade que tive o prazer de conhecer anos atrás na pista de Santa Cruz do Sul, numa das etapas do Brasileiro de Motovelocidade.


         
Hoje volto aqui para falar um pouquinho da Cris Trentim. Já existem textos sobre ela em muitos sites, aqui no Motoesporte com o Diretor/Editor Marcos Branco, no site da Vanessa lá de Brasília, o MOTOCOMBATOM e outros tantos. Os textos todos evidenciam um breve histórico sobre a piloto e suas dificuldades (falta de patrocínio). Ela mesma confidencia: “já saíram varias matérias sobre mim e muito pouco sobre a equipe”. A Equipe Racers 43 Team é composta pela Cris (Cristiane Trentim) e pelo Rodrigo Rocky. Ele de São Carlos e ela de Araraquara.





Quem pilota e possui uma moto esportiva tem idéia dos valores para manter a moto em dia, manutenção, troca de líquidos, pneus, etc. Sabe também dos valores dos acessórios que deixam a moto mais potente, mais adequada para pistas.  Sabe também quantos e quais jogos de pneus são necessários se colocar a moto em pista, e sem nenhum acidente de percurso, tipo quebra de motor, tombo ou alguma outra avaria, o quão dispendioso esse esporte é. 
Então, conseguirá imaginar que para participar de um campeonato, é preciso ter bons valores à mão, pois além de ter a moto equipada, o piloto precisa estar bem equipado e isto tudo precisa se locomover para onde as provas são realizadas. No caso da Equipe Racers 43 Team , eles fazem 288km para chegar ao autódromo!





A Cris e o Rocky, aliás, a Equipe Racers 43 Team está participando do campeonato Pirelli Mobil Superbike, onde ela é a única mulher nas pistas. Este é considerado o campeonato Paulista de Motovelocidade e as provas só ocorrem em  Interlagos.





E hoje faltando apenas 1 etapa para o final do campeonato, ela é a 10° colocada na geral entre 22 pilotos. Ela participa com uma Suzuki GSXR 750 sendo a única com moto inferior em cilindradas aos demais (1000cc). Ela conta que duas de suas provas foram sob chuva, onde obteve grande destaque, largando na 19° posição e chegando em 7°, sendo que nunca havia corrido sob chuva o que a surpreendeu também.



Anotem aí, próxima etapa será nos dias 22,23,e 24 de julho próximos, preparem-se para prestigiar o evento, pois só com público comparecendo é que os patrocinadores se animam a investir. E este ciclo é mais que importante, é o que mantém o motociclismo funcionando: mais pessoas assistindo, mais pilotos participando, mais patrocinadores interessados!


Quem pilota e possui uma moto esportiva tem idéia dos valores para manter a moto em dia, manutenção, troca de líquidos, pneus, etc. Sabe também dos valores dos acessórios que deixam a moto mais potente, mais adequada para pistas.  Sabe também quantos e quais jogos de pneus são necessários se colocar a moto em pista, e sem nenhum acidente de percurso, tipo quebra de motor, tombo ou alguma outra avaria, o quão dispendioso esse esporte é. 
Então, conseguirá imaginar que para participar de um campeonato, é preciso ter bons valores à mão, pois além de ter a moto equipada, o piloto precisa estar bem equipado e isto tudo precisa se locomover para onde as provas são realizadas. No caso da Equipe Racers 43 Team , eles fazem 288km para chegar ao autódromo!




 Detalhes sobre a Cris, sua Equipe e seu começo no motociclismo já foram abordados pelos colegas, então eu deixo aqui o blog (http://www.racers43team.blogspot.com/) dela para que vocês sejam seguidores e leiam o histórico onde ela conta desde sua primeira CG (isso mesmo, uma 125!) até chegar às pistas com suas SRAD 750.

O curioso é que, lendo as informações que a Cris me enviou, os depoimentos dados à Vanessa do http://www.motocombatom.com/  de Brasília (mais uma querida motociclista que pilota sua Hayabusa e que teve o prazer de tietar o Box da  Equipe Racers 43 Team), todas nós que pilotamos temos mais ou menos as mesmas experiências no que diz respeito aos comentários de outras pessoas que consideram o esporte exclusivamente masculino e desagrado que causamos a elas. A maioria das pessoas ama, elogiam, se impressionam, aplaudem e outros (bem pouquinhos, minoria) criticam; mas certamente o fazem por que nunca tiveram o prazer e a alegria que nos são proporcionados, senão mudariam de idéia.

Outra questão, a familiar: quase todas nós, raras exceções (a de pais motociclistas) sofremos um pouco, pois a família sempre tem receio do perigo e etc. Trocar as ruas pelas pistas em razão da segurança que o ambiente apropriado proporciona já ajuda. A Cris teve o privilégio de contar com o marido, motociclista também, que acompanha, incentiva, participa.

Preconceitos sempre terão, pois já escrevi algumas vezes sobre isso, da dificuldade de sermos aceitas nestes grupos essencialmente masculinos, os “Clubes do Bolinha” e segundo a Cris, isso acontece em qualquer lugar, capital ou interior, cidades cosmopolitas ou não:
“..A mulher é sim, considerada uma rival independente do esporte que ela escolha, porque alguns homens ainda acham que mulher foi feita pra ficar dentro de casa ou por falta de capacidade. Então, por mais que eles tentem não demonstrar preconceito, existe sim! E só não existe tanto quando a mulher é dos outros, porque se fossem deles a barreira seria muito maior. Não adianta, homem não aceita mulher em esporte totalmente masculino. Acho até, que na rua o preconceito é maior, geralmente eles gostam de sair em grupos de homens e quando se deparam com uma mulher que pilota, existe uma certa resistência...”

Então amigos, leitores, motociclistas (sem distinção de gênero), nos apóiem, participem, apreciem, contribuam. Só queremos respeito pela nossa modesta participação neste segmento que, como outros tantos, estão deixando de ser extremamente masculinos. Precisamos (falando pela Cris) de apoio financeiro e merecemos o mesmo respeito que os rapazes quando se trata de uma competição. E com certeza, ninguém entra com tanta coragem e determinação num esporte tão caro para brincar de piloto, e sim para conquistar nosso espaço mostrando nossa real capacidade.

Super abraço, Julie Maioli