Mulheres & motos....
Este ano não escrevi sobre o dia da mulher como sempre fazia em 8 de Março. É um assunto bem interessante, tanto sob ótica feminina quanto masculina. Tenho como guia nestas minhas andanças de motinho uma premissa embasada em comportamento, a velha lei da ação e reação, respeitar para ser respeitado. Tenho horror às associações esdrúxulas entre Máquinas x Mulheres e vice-versa.
Então, desde que comecei meus primeiros quilômetros com moto, sozinha, sempre quis ser reconhecida como motociclista, por PILOTAR motos. Fiz inúmeras besteiras (barbeiragens!!!), coisas de principiante, que hoje em dia já são vagas lembranças. Fui aprender com quem sabe e dá conta do recado. Com gente de pista, e se pudesse estaria fazendo a cada ano um upgrade, pois sempre descubro mais alguma coisinha do jeito mais difícil, na prática; enquanto que numa pista fechada e com um instrutor seria mais fácil e muito mais seguro.
Por isso, meu recado para quem começa, tanto homens como mulheres, é:
RESPEITE SE QUISER SER RESPEITADO...
DEVAGAR SE VAI LONGE E SEMPRE...
A CADA QUILOMETRO SE APRENDE MAIS...
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA NÃO É PERFUMARIA...
A PREFERENCIAL NUNCA É DO MOTOCICLISTA...
NÃO ACHE NUNCA QUE VOCÊ JÁ SABE O SUFICIENTE...
Para mim a superbike está associada à força, desempenho, fascínio, aprendizado, coragem, determinação, respeito, humildade... e tantas outras coisas. Menos uma: sensualidade (sendo sutil e deixando aberto às interpretações!)
Não serei hipócrita a ponto de ser taxativa quanto ao apelo sexy das motinhos, pois elas denotam por si só seu próprio erotismo. Mas a vulgarização em tudo é deplorável.
Quem realmente pilota entenderá o que estou falando, tem uma frase por aí que diz mais ou menos assim: “Quem pilota entende, pra quem não pilota nem adianta explicar”
Já escrevi, há algum tempo, sobre a sensação quase orgástica de estar acelerando estes bólidos, mas o adjetivo foi usado para exacerbar o sentimento de estar pilotando. De estar dominando uma obra de arte de engenharia e tecnologia, onde qualquer desatenção significa proximidade com o chão e na melhor hipótese só dói muito!!!! Qualquer outra associação foi mera conseqüência da percepção míope de quem lia.
Por favor, não generalizem nunca, não rotulem nunca. Toda regra tem exceção e estas linhas expressam tão somente a minha opinião.
Esses dias um colega disse-me que estava com sua namorada (cada qual na sua bike) num encontro aqui do Sul e a namorada foi abordada de maneira acintosa debaixo do nariz dele. Aí ele perguntou-me se o desrespeito é sempre assim, pois eles adquiriram recentemente as bikes e estão começando a andar por aí. Fiquei sem jeito, porém disse-lhe que infelizmente ainda muitos são assim e que é preciso escolher bem aonde irá e com quem ficará.
Lamentavelmente são poucos os encontros onde se pode desfrutar de um excelente passeio e de estadia não tão perigosa. Muitos eventos ainda são para beber muito, zoar muito e respeitar pouco. Não faço apologia ao “Zoeira tô fora”, pois sinto falta dos velhos encontros onde se passeava de motinho, via-se shows de zerinhos, área própria para qualquer um gastar seus pneus com segurança, e muitas outras atrações. Mas tenho horror a desrespeito. Fui ao nosso XI Motoserra, no final de semana que passou, mas nem de longe lembra nossos velhos encontros. Uma pena.
Super beijo e até a próxima, Julie M.
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