Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas
morrem no mundo em consequência de acidentes no trânsito. Só no Brasil, todos
os anos, são cerca de 430 mil acidentes, 619 mil vítimas não fatais e 38 mil
mortos. Frente a isso, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2011 como
o início da “Década de Ação para a
Segurança no Trânsito”.
Nesse período, os países terão como
meta a estabilização e redução dos acidentes. O dia 11 de maio marca o início
dessa campanha mundial, com a maioria dos países divulgando seus planos para
essa década.
O Brasil participa com o movimento PARADA - Pacto Nacional pela Redução de
Acidentes, uma grande mobilização dos agentes públicos e da sociedade civil
pela redução da violência no trânsito. Esse é, sem dúvida, o momento de parar e
valorizar a vida.
A Abraciclo- Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas, a CET -
Companhia de Engenharia de Tráfego e
o Hospital das Clínicas de São Paulo vão
fazer uma parceria para mapear os acidentes envolvendo motocicletas que ocorrem
na cidade de São Paulo. Será uma pesquisa-piloto que servirá de base para
outras cidades cuja finalidade será a
redução do número de acidentes.
A pesquisa tem objetivo de observar também o funcionamento do processo de
habilitação do motociclista, se existe má-formação do condutor, treinamento
inadequado e ausência de informações sobre manutenção. Dados que servirão para
traçar o perfil do futuro piloto, antes dele retirar a sua Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
A quantidade de motocicletas em São Paulo vem crescendo absurdamente, a frota quadruplicou
nos últimos anos, atingindo 18,5 milhões de veículos. Com estes números
absurdos a necessidade de educação no e para o trânsito se faz imprescindível e
urgente. Nesta selva de aço não há
distinção entre melhor ou pior piloto, mais experiente ou menos, a atenção dos
pilotos e motoristas frente às avenidas congestionadas de São Paulo.
Os dados a respeito das mortes no
trânsito paulista são assustadores; pois o número de mortes vem aumentando
progressivamente. O mais curioso é que entre estes dados, um é particularmente inverso ao que a maioria das pessoas imagina: os
acidentados são as pessoas que utilizam
a motocicleta para locomoção pessoal, entre elas principalmente os condutores
com pouca experiência e tempo de Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Os motoboys, estão mais acostumados a pilotar no trânsito caótico
de São Paulo e não estão no topo da lista, eles representam apenas 8% dos acidentes
fatais. Os demais, ou seja, os 92%
restantes são os pilotos de final de semana ou que utilizam a moto para se deslocar
de casa para o trabalho e ainda com motocicletas de maior cilindradas aos finais
de semana.
O levantamento foi feito pela
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da Capital. Os dados apontam o aumento
de 7% no número de motociclistas mortos em 2011 em relação ao ano anterior,
somando o total de 512 óbitos.
O maior enfrentamento do Estado diz respeito à reabilitação de quem se acidenta, pois ela é
cara, lenta e muitas vezes de alta complexidade. Conforme pesquisa do Hospital
das Clínicas, que é referência nesse tipo de atendimento, 40% dos acidentados
com motos precisam passar por cirurgias e longos tratamentos de fisioterapia,
sem contar o ônus duplo ao Estado na forma de licença do trabalho (afastamento
remunerado) gerando mais gastos com INSS. No HC, o atendimento a esse tipo de
paciente aumentou 14% nos últimos cinco anos. Na maioria dos acidentes o
indivíduo é do sexo masculino, e com idade entre 20 e 40 anos. As lesões mais
graves causadas por acidentes de motos, geralmente são traumatismos cranianos e de coluna.
É isso, meus amigos... é triste, mas são números e números são incontestáveis!!!! Fica a dica: PILOTE SEGURO, TENHA EDUCAÇÃO, NÃO ABUSE...
Os nossos corpos são frágeis demais frente à brutalidade do dia a dia nas nossas estradas. Coisas que talvez protejam a vida de alguns motoristas podem ceifar as nossas: guard-rails, muretas de concreto nas laterais e no centro das rodovias, entre tantas outras.
Motocicleta não tem preferencial nem sinal vermelho, muito embora devessem valer para quem pilota também. Mas é muito comum algum apressadinho ignorar o sinal vermelho e seguir em frente e nós que estamos no pelotão da frente do outro lado do cruzamento sermos abalroados, idem para as preferenciais... Quem já não presenciou algo do gênero ou foi a própria vítima.
Temos a vantagem de driblarmos os engarrafamentos, o nostálgico ventinho na cara (da época que não se usava capacete!), a pontualidade aos compromissos, a facilidade de estacionar... mas a nossa fragilidade é um preço caro a se pagar, é o nosso ônus.
1 comment:
Julie, a importância da segurança é maior ainda para nós, motociclistas, sempe expostos a todo o tipo de perigo, quer o causemos, quer não.
Apoie sempre os movimentos nesse sentido, pois as estatísticas oficiais são absolutamente incompletas. O DPVAT paga anualmente cerca de 56.000 sinistros por mortes no trânsito, bem mais que o informado pelo Ministério da Saúde. Destes, sabe-se lá quantos são de motociclistas.E não são apenas números, são pessoas, amigos, irmãos, pais e mães de família, gente que estava cheia de sonhos e que nunca os realizarão.
Continue sempre nessa luta, se cada pessoa que ler essa matéria mudar um pouco que seja seu comportamento, poderemos estar evitando uma quantidade de perdas irreparáveis.
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