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Monday, May 28, 2012

PARADA - Pacto Nacional pela Redução de Acidentes


Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas morrem no mundo em consequência de acidentes no trânsito. Só no Brasil, todos os anos, são cerca de 430 mil acidentes, 619 mil vítimas não fatais e 38 mil mortos. Frente a isso, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2011 como o início da “Década de Ação para a Segurança no Trânsito”.
Nesse período, os países terão como meta a estabilização e redução dos acidentes. O dia 11 de maio marca o início dessa campanha mundial, com a maioria dos países divulgando seus planos para essa década.
O Brasil participa com o movimento PARADA - Pacto Nacional pela Redução de Acidentes, uma grande mobilização dos agentes públicos e da sociedade civil pela redução da violência no trânsito. Esse é, sem dúvida, o momento de parar e valorizar a vida.


A Abraciclo- Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas,  a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego  e o Hospital das Clínicas de São Paulo  vão fazer uma parceria para mapear os acidentes envolvendo motocicletas que ocorrem na cidade de São Paulo. Será uma pesquisa-piloto que servirá de base para outras cidades cuja  finalidade será a redução do número de acidentes.

A pesquisa tem objetivo de  observar também o funcionamento do processo de habilitação do motociclista, se existe má-formação do condutor, treinamento inadequado e ausência de informações sobre manutenção. Dados que servirão para traçar o perfil do futuro piloto, antes dele retirar a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A quantidade de motocicletas em  São Paulo vem crescendo absurdamente, a frota quadruplicou nos últimos anos, atingindo 18,5 milhões de veículos. Com estes números absurdos a necessidade de educação no e para o trânsito se faz imprescindível e urgente.  Nesta selva de aço não há distinção entre melhor ou pior piloto, mais experiente ou menos, a atenção dos pilotos e motoristas frente às avenidas congestionadas de São Paulo.


Os dados a respeito das mortes no trânsito paulista são assustadores; pois o número de mortes vem aumentando progressivamente. O mais curioso é que entre estes dados, um é particularmente inverso  ao que a maioria das pessoas imagina: os acidentados são  as pessoas que utilizam a motocicleta para locomoção pessoal, entre elas principalmente os condutores com pouca experiência e tempo de Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Os motoboys, estão  mais acostumados a pilotar no trânsito caótico de São Paulo e não estão no topo da lista, eles representam apenas 8% dos acidentes fatais. Os demais, ou seja, os  92% restantes são os pilotos de final de semana ou que utilizam a moto para se deslocar de casa para o trabalho e ainda com motocicletas de maior cilindradas aos finais de semana.

O levantamento foi feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da Capital. Os dados apontam o aumento de 7% no número de motociclistas mortos em 2011 em relação ao ano anterior, somando o total de 512 óbitos.

O maior enfrentamento do Estado  diz respeito à  reabilitação de quem se acidenta, pois ela é cara, lenta e muitas vezes de alta complexidade. Conforme pesquisa do Hospital das Clínicas, que é referência nesse tipo de atendimento, 40% dos acidentados com motos precisam passar por cirurgias e longos tratamentos de fisioterapia, sem contar o ônus duplo ao Estado na forma de licença do trabalho (afastamento remunerado) gerando mais gastos com INSS. No HC, o atendimento a esse tipo de paciente aumentou 14% nos últimos cinco anos. Na maioria dos acidentes o indivíduo é do sexo masculino, e com idade entre 20 e 40 anos. As lesões mais graves causadas por acidentes de motos, geralmente são traumatismos  cranianos e de coluna.

É isso, meus amigos... é triste, mas são números e números são incontestáveis!!!! Fica a dica: PILOTE SEGURO, TENHA EDUCAÇÃO, NÃO ABUSE...
Os nossos corpos são frágeis demais frente à brutalidade do dia a dia nas nossas estradas. Coisas que talvez protejam a vida de alguns motoristas podem ceifar as nossas: guard-rails, muretas de concreto nas laterais e no centro das rodovias, entre tantas outras.
Motocicleta não tem preferencial nem sinal vermelho, muito embora devessem valer para quem pilota também. Mas é muito comum algum apressadinho ignorar o sinal vermelho e seguir em frente e nós que estamos no pelotão da frente do outro lado do cruzamento sermos abalroados, idem para as preferenciais... Quem já não presenciou algo do gênero ou foi a própria vítima.
Temos a vantagem de driblarmos os engarrafamentos, o nostálgico ventinho na cara (da época que não se usava capacete!), a pontualidade aos compromissos, a facilidade de estacionar... mas a nossa fragilidade é um preço caro a se pagar, é o nosso ônus.










1 comment:

Osias Baptista Neto said...

Julie, a importância da segurança é maior ainda para nós, motociclistas, sempe expostos a todo o tipo de perigo, quer o causemos, quer não.
Apoie sempre os movimentos nesse sentido, pois as estatísticas oficiais são absolutamente incompletas. O DPVAT paga anualmente cerca de 56.000 sinistros por mortes no trânsito, bem mais que o informado pelo Ministério da Saúde. Destes, sabe-se lá quantos são de motociclistas.E não são apenas números, são pessoas, amigos, irmãos, pais e mães de família, gente que estava cheia de sonhos e que nunca os realizarão.
Continue sempre nessa luta, se cada pessoa que ler essa matéria mudar um pouco que seja seu comportamento, poderemos estar evitando uma quantidade de perdas irreparáveis.