Amigos, leitores motociclistas ou não.
Como sempre falo, nossa participação no mundo de duas rodas vem crescendo enormemente. Seja com pequenas motos e scooters nas ruas, motocicletas maiores nas estradas, passeios de longa distância e aventuras pelo país e exterior; e pelas pistas do país também. Lá em 2005 eu escrevia sobre pilotAs do campeonato Europeu, bravas mulheres disputando par a par com homens e com campeonato exclusivo feminino (quem quiser informações, peçam através de meu e-mail). Quem diria que hoje, em 2012, eu estaria escrevendo sobre este mesmo segmento tendo como protagonistas as bravas mulheres brasileiras.
E o que é melhor, algumas são amigas muito queridas, que por esta mesma paixão, acabamos nos conhecendo e estabelecendo fortes vínculos. Enquanto escrevo, percebo que a cada frase me vem à tona um ou outro artigo escrito, um “link” a alguma coisa que foi marcante neste meu caminho de motociclismo.
As amizades, as conquistas, a proximidade da realização do meu sonho. Lá em 2003 eu não imaginava que chegaria rodar em alguma pista com minha própria moto, uma superesportiva que pude comprar novinha e até escolher a cor. Ou então, rodar na carona do super piloto Leandro Mello nas curvas de Interlagos, ultrapassando os 290km/h! Lá atrás, era um sonho, hoje é uma realidade. E a medida que o tempo passa, as conquistas vão ficando para trás dando espaço para novas metas, novos sonhos e outras possibilidades.
Um destes grandes sonhos seria rodar pelas pistas do país, saber ‘tocar’ bem minha Vicky, participar de eventos onde poderia mostrar que podemos também ter um espaço se obtivermos respeito, participação, credibilidade das pessoas (na maioria homens) que estão por trás do maravilhoso circo das duas rodas. Oque desejo dizer com isto? Também precisaria de aposta financeira, patrocínio e etc como qualquer outro piloto, apenas isto.
Como estou aqui, à margem do eixo onde ocorrem os campeonatos e onde as possibilidades surgiriam; ou seja, distante do meu sonho (logísticamente, geograficamente, entre outros aspectos); sinto o maior prazer em divulgar, apresentar a quem não conhece ainda, o time “Racing Gilrs Show”. Com vocês, um pouco de quem são estas garotas e como elas surgiram!
Como surgiu a Equipe:
A Equipe surgiu com a idéia de um organizador de eventos em Indaiatuba: “Que tal fazermos uma apresentação só com mulheres que pilotam motos, montar uma corrida exclusiva de mulheres?” Começava aí a busca por pilotos femininas em todo o país para participar do evento.
Débora Souza, Edy Bestle, Gabi Racing, Lu Carvalho e Sephora Dantas se juntaram e fizeram uma apresentação impecável, roubando toda a atenção do evento, que era inicialmente de exibições de Drift (uma técnica de direção de carros ou motos que consiste em deslizar nas curvas escapando a traseira) levando o público ao delírio com ultrapassagens e manobras arrojadas.
O sucesso dessa apresentação foi tão grande, que as pilotos em seus perfis em redes sociais passaram de 500 seguidores para mais de 5.000 em pouco menos de 1 mês. “Racing Girls Show” nasceu depois desse evento em Indaiatuba. A equipe cresceu, se profissionalizou e hoje conta com 7 pilotos, pilotando motos de 600 a 1.300 cilindradas.
O técnico, companheiro, parceiro que motiva, reune, xinga, corrige é o Mateus “Carrasco” Kornetoff. E a fotógrafa oficial do time é a Thais Cerajolli.
Fico mais feliz ainda, pois tive o privilégio de fazer estes dois artigos sobre elas antes mesmo da criação do time oficial:
http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_06_12_archive.html
Segue aqui a apresentação de cada uma delas:
São PILOTAS de fato! Fizeram por merecer este lugar onde estão, não são aprendizes de ‘pseudo-escolas’, aliás, cada uma delas tem muito mais experiência em pista que muitos ‘instrutores de escolas’ que estão espalhados pelo país; fica a dica ( já dadas nos artigos: http://juliemotovelocidade.blogspot.com/2011_12_11_archive.html e
Super beijo e até a próxima!!!!
Julie M.
