Capacetes existem todos os tipos, todos os grafismos e cores e todos os preços. Essa determinação do selo do INMETRO, como aval da qualidade dos capacetes nacionais deveria ser rigorosa no fabricante, não no condutor. Pois é responsabilidade do fabricante desenvolver um produto seguro. Depois que está na prateleira, de que importa?
Adoro pesquisar equipamentos e estar por dentro das novas
tecnologias, materiais e etc. Ontem peguei na mão um capacete com menos de um
quilograma em razão dos materiais utilizados!
Ainda não tenho expertise em pistas ou uso tão contínuo que eu perceba a
diferença entre um capacete de 1200 ou 1400 gramas, quando na cabeça, em uso.
Da mesma forma que não perceberia se minha moto tivesse um CV a mais ou a
menos.
Deixo isso para os Valentinos, Stoners e Pedrosas da vida...
Acho graça quando ouço nos bate papos de grupos de motociclismo (não nas pistas, que fique bem claro e nem de pilotos profissionais), aquelas histórias de que trocaram isso e aquilo e mais aquele outro equipamento e ganharam 5cvs na moto! Wow! Vai fazer muita diferença nas ruas e rodovias que temos... tstststs Mas economizam em equipamento e cursos de aperfeiçoamento. Uma pena!
Não estou fazendo apologia às marcas e grandes grifes do
mercado de equipamentos, mas sabemos que as grandes marcas investem em muita
tecnologia e testam seus produtos em laboratórios e nas pistas ao redor do
mundo e ano após ano estão aprimorando
tudo, inventando coisas para que tenhamos mais segurança sempre.
Tenho horror aos capacetes abertos, pois lembro o meu acidente, se estivesse com um, teria perdido os dentes, maxilar, nariz... e no entanto, não sofri um arranhão sequer, graças a um bom capacete inteiro. Às vezes morro de vontade de ter um abertinho para o verão. Vi vários e escolhi vários... Mas nunca comprei. Aí vejo as garotas no verão de sandálias de saltos altos, shortinhos e estes capacetes abertinhos... Ou então rapazes de bermudas e chinelo de dedo (sim já vi!), se eles soubessem da fragilidade dos nossos pés e mãos e perdê-los significa entrar pra grande parcela de trabalhadores inválidos por perda de membros e que oneram o sistema de saúde e consequentemente aumentam os percentuais de seguro obrigatório e ainda, de legisladores querendo proibir motocicletas aqui e acolá...
Legisladores estes que deveriam estar preocupados com
engenharia de tráfego para melhorar o fluxo no trânsito de nossas cidades afim
de que nós motociclistas pudéssemos utilizar mais nossas motos, sem temor de
ser atropelados pelos carros que andam ao nosso lado ou nas preferenciais. Será
que eles não se dão conta que pela má estrutura do trânsito e fluxo, mais e
mais pessoas irão utilizar motos para viabilizar seu deslocamento? Sem falar dos itens baixo valor mensal
empregado e agilidade/tempo, custo/benefício?
Contudo, meter-se nesta selvageria de ferro, aço, borracha, requer além de coragem, muito treinamento, conhecimento e habilidade. Para isso que existem cursos. Cursos específicos, voltados à direção defensiva nas ruas e estradas para qualquer tipo de moto e os avançados, visando performance para pistas (PISTAS, não rodovias movimentadas!). Estes cursos têm como principal finalidade treinar o condutor a utilizar a motocicleta de forma segura, sem correr riscos desnecessários desenvolvendo a habilidade existente em cada um de nós e aprimorando técnica, tirando vícios, preparando candidatos à piloto para provas e campeonatos.
Muito importante lembrar que a escolha da escola é
fundamental. Existem muitos sábios pilotos, competentíssimos, verdadeiros ases,
mas sem didática, sem planejamento, sem preparo para repassar seu conhecimento
aos demais. Existem escolas preocupadas em matricular um bom numero de alunos,
entretanto não oferecem os recursos mínimos, não separam os alunos em níveis de
técnica e não dão conta de atender as necessidades de todos; e o que é pior,
concentram-se em atender quem já pilota melhor em detrimento do iniciante (que
é mais trabalhoso, requer mais paciência, mais dedicação). Então, esse meu
discurso todo é para alertar nas escolhas. Pesquisar entre amigos, saber das
experiências de uns e outros e escolher de acordo com sua necessidade
observando sempre tudo da escola, não só o piloto que é carro-chefe da escola e
sim, todo o back-staff dela,
metodologia e disponibilidade de recursos de segurança.
No próximo mês irei me aventurar em Curitiba, a convite, na Alex Barros School.
Espero poder acrescentar o máximo ao meu pouco conhecimento e voltar com uma performance melhor e com muita novidade
a contar! Aguardem minhas novidades!
Super beijo.... Julie M.
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